*Reportagem com vídeo
As aulas do curso de Pedagogia Indígena da Unicentro estão começando para a primeira turma e são voltadas para as etnias Kaigang, Guarani e Xetá. De acordo com o professor do Departamento de Pedagogia, Marcos Gehrke, o curso é uma demanda da população indígena e é em alternância.
“Nós vamos ficar sempre 30, 40 dias lá na terra indígena em aula – manhã, tarde e noite -, com o tempo estudo e o tempo trabalho. Eles vão lá para estudar, mas também para o trabalho. E, aí, eles vão alguns meses para a comunidade, para os trabalhos que eles vão aplicar nas comunidades. É um curso de quatro anos, e há cada ano temos três etapas de formação”.
Os indígenas aprovados no vestibular vieram para a Unicentro no dia da matrícula, cheios de expectativas, afirma Iumar Rodrigues, que é presidente do Conselho de Saúde do município de Guaíra.
“Hoje, nós estamos tendo a oportunidade de estar estudando para ajudar a nossa comunidade, ajudar nossos jovens, nossas crianças dentro da comunidade que estão pensando e buscando a melhoria”.
O professor da Aldeia São Jerônimo, Odair da Silva, busca melhorar as condições dos demais membros da comunidade. “A expectativa é grande. Nós nunca fizemos. É a primeira vez que estamos fazendo, estamos ansiosos para fazer o curso. Eu espero ajudar a comunidade que eu moro, nós somos da etnia xetá”.
É na Casa Familiar Rural, em Nova Laranjeiras, que os 42 alunos da primeira turma vão permanecer durante os três módulos anuais do curso. O local, que estava desativado, é a sala de aula e também a casa deles nesse período. Nessa primeira etapa eles vão cursar 13 disciplinas, ministradas por professores da Unicentro e das demais universidades estaduais do Paraná. A proposta é que o cotidiano dos estudantes indígenas seja muito parecido com o dia a dia nas tribos.
Assista a reportagem.
*(com informações da Assessoria de Comunicação da Unicentro)