22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Procon alerta sobre fraudes e golpe aplicados em Guarapuava

Empresários registram queixas no Procon com frequência

paulo lima

Paulo Lima, coordenador do Procon em Guarapuava (Foto: RSN)

O Procon de Guarapuava registrou novamente a reclamação de empresários e profissionais liberais sobre golpe que tem se tornado freqüente no Brasil.   De acordo com o coordenadordo órgão em Guarapuava, Paulo Lima, o estelionato é aplicado por  supostas empresas. São publicidades, marketing, telelista e lista online que ofertam espaços em catálogos físicos, virtuais, sites e listas on line.

Conforme informou Paulo Lima, o golpe tem o seguinte enredo: o funcionário da empresa recebe um telefonema de uma interlocutora que diz ser promotora de vendas. Ela oferece serviços de marketing disponibilizados em todo o país. Inicialmente é de graça ou com opção do pagamento de mensalidades em valor irrisório durante certo período.

Em seguida, informa que irá enviar uma proposta de contrato com os dados. Será por fax ou e-mail para que seja assinado e devolvido como confirmação do recebimento. Após a assinatura e envio de confirmação da proposta o golpe se materializa. Porque não é uma proposta. Se trata de um contrato de publicidade. Com cláusulas ilegíveis, passa a valer para a golpista a partir daquele momento.

Importante destacar que os funcionários escolhidos para contato são referencialmente telefonistas, secretárias, vendedoras que são induzidos a crer que estão ajudando a empresa. Raramente o golpista solicita falar com os sócios ou gerentes.

Porém, meses após o envio da falsa proposta a empresa golpista inicia as cobranças das parcelas. Entretanto, a empresa sequer sabia que devia. De acordo com Paulo Lima, dizem que os dados da empresa foram divulgados em um site. Em seguida, exigem o pagamento. E ainda ameaçam encaminhar o débito para protesto em cartório e para órgãos de proteção ao crédito.

“São vários nomes fantasias e com CNPJ diferentes, porém praticam o mesmo crime”.

De acordo com o coordenador do Procon em Guarapuava, depois se identificam como funcionários de Cartório de Protesto. Pedem para falar com a pessoa que assinou o contrato, informam que são de um cartório de protestos. Então, exigem o pagamento de determinado valor por transferência bancária. Caso contrário, o nome da vítima será negativa junto aos órgãos de proteção ao crédito.

Vale ficar atento e de imediato desconfiar. Isso porque, os cartórios de protesto de títulos não contatam por telefone avisando sobre dívidas em aberto apontadas para protesto.

Conforme Paulo Lima, outra característica é que o golpista sempre liga mencionando que o cartório está localizado em uma cidade distante. Assim, evita que a vítima possa se deslocar até o cartório de sua cidade e conferir a veracidade das informações. Aí reside outro ponto de alerta: o protesto de uma dívida deverá ser realizado sempre na cidade onde mora o devedor, e jamais em uma cidade remota ou até mesmo outros Estados.

Finalmente, nenhum pagamento de título protestado é efetuado via transferência bancária; a quitação é realizada diretamente no cartório de protesto pelo devedor ou via boleto bancário.

Infelizmente, com tempo e imaginação, os estelionatários sempre reinventam esquemas e histórias para ganharem dinheiro fácil. “Portanto todo cuidado é pouco”.

DICAS

Aqueles que caíram no golpe, a recomendação é que faça um boletim de ocorrência. Depois entre em contato com a suposta empresa de publicidade. Seja por telefone, e-mail ou via postal exigindo o imediato distrato do contrato sem ônus. Além disso, peça a restituição de valores porventura pagos. E procurem o Procon para registrar a reclamação.

De acordo com Paulo Lima, as situações que foram atendidas no Procon não houve efetivo protesto ou negativação. “Provavelmente, porque a suposta empresa de publicidade sabe que o contrato foi assinado em situação irregular. Porém, o ideal é agir preventivamente para não ter o crédito restringido e a imagem da empresa prejudicada.

“Por fim, reiteramos que a atenção seja redobrada a esta prática delituosa para evitar prejuízos financeiros”.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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