22/08/2023


Agronegócio Guarapuava Paraná

Emater ajuda produtor de feijão e milho a aumentar produtividade

Produtor de feijão de Guarapuava e de outros 40 municípios se preparam para o início da safra de verão

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Cultivar de feijão-preto IPR Urutau, elaborada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). (Foto: Divulgação/ Iapar)

Produtores de Guarapuava se unem a outros de 40 municípios para o início de mais uma safra de verão. Assim, são agricultores das regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Ivaiporã, Guarapuava, Irati e União da Vitória. Juntos somam duas mil famílias.

Por isso, nesta semana, técnicos e pesquisadores do projeto Grãos Centro-Sul de Feijão e Milho se reúnem em Ponta Grossa. Eles vão definir as ações.

De acordo com a Agência Estadual de Notícias, o projeto é desenvolvido pela Emater há 20 anos.  A intenção é levar tecnologias que ajudem as famílias a aumentar a produtividade das culturas de milho e feijão. Isso, sem descuidar do meio ambiente, ganhando mais dinheiro e melhorando a condição de vida delas na propriedade.

Todavia, com os  dados obtidos na safra 2017/2018, na cultura do feijão, a produtividade média obtida nas lavouras referências do projeto foi de 37,5 sacas por hectare. O índice máximo foi de 60,7 sacas por hectare. Enquanto que, no mesmo ano, a média estadual chegou a 24,5 sacas por hectare. No Brasil a média foi de apenas 16,3 sacas de feijão por hectare.

O MILHO

Plantação de milho (Foto: Reprodução/Syngenta)

Na cultura do milho o sucesso se repete. Se a produtividade média nacional da safra 2017/2018 ficou em 80,9 sacas por hectare e no Paraná 81,3 sacas, as unidades orientadas pelo projeto  atingiram a marca média de 155,1 sacas de milho por hectare, com a produtividade máxima de 225 sacas por hectare.

Conforme o coordenador estadual desta ação, o agrônomo Germano Kusdra, da Emater de Ipiranga, a transferência dessas tecnologias ajudam os produtores a conquistarem os bons resultados agronômicos, econômicos, sociais e ambientais é feita com a colaboração de outras 120 famílias.

Esses produtores cedem as suas propriedades para os técnicos da Emater instalarem o que nós definimos como unidades demonstrativas. Não são campos de experimentos, são áreas que o agricultor toca do jeito que sempre faz, apenas aplicando os protocolos que o projeto recomenda.

De acordo com o agrônomo, as tecnologias apresentadas como solução para os produtores levam em conta a necessidade de cuidar bem do solo. Isso inclui uma correta avaliação das condições de fertilidade. Bem como a recomendação racional dos corretivos e adubos, e a promoção da rotação de culturas e do plantio direto na palha.

“Além de facilitar o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, a absorção mais eficientes dos nutrientes disponíveis, também contribui com a melhor retenção das águas das chuvas, diminuindo o processo erosivo e os prejuízos provocados por eventuais períodos de estiagem”.

Assim, depois vem a escolha de cultivares melhoradas geneticamente, a maioria delas desenvolvidas pelo Iapar, IAC, Syngenta e Embrapa. São instituições parceiras do projeto. “Na condução das plantações, ainda temos o cuidado de usar as ferramentas químicas, como os inseticidas e fungicidas, apenas quando realmente é necessário. E, mesmo nesses casos, fazendo a opção por produtos mais seletivos e de menor impacto sobre o meio ambiente”, explica Kusdra.

Conforme disse o o engenheiro agrônomo, há sempre o cuidado de empregar uma boa tecnologia de aplicação. “Evitamos derivas para outras lavouras, e asseguramos que o produto aplicado de fato atinja seu alvo e traga o resultado esperado pelo produtor e o técnico responsável pela orientação”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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