O Ministério Público do Paraná deflagrou a segunda fase da Operação Hígia. A ação investiga crimes contra administração pública em Pato Branco. Assim, o Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu 10 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pelo Juízo Criminal da Comarca de Pato Branco. O cumprimento foi em residências e empresas. De acordo com o Gaeco, foram apreendidos aparelhos de telefonia móvel, documentos e valores em espécie. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas de fogo e munições. O flagrante foi nessa terça (10).
Conforme o MP, estão sendo investigados os crimes de concussão, corrupção ativa e passiva. Além disso, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de crimes previstos na Lei de Licitações. Os investigados são funcionários públicos e empresários daquele município.
DENÚNCIAS
As investigações da primeira fase da operação, em 2017 na Polícia Civil, resultaram em quatro denúncias criminais. Assim, a mais recente foi apresentada pelo Ministério Público do Paraná em agosto deste ano. Está na Vara Criminal de Pato Branco (autos nº 0008221-82.2019.8.16.0131).
Nesta, foram denunciadas quatro pessoas, sendo três ex-secretários municipais e um servidor público. Todos por envolvimento em crimes de peculato (desvio de verbas ou bens públicos).
De acordo com a apuração, de 2014 a 2017, os denunciados, em conluio com empresários participaram de um esquema criminoso. Os empresários possuíam contratos de fornecimento de materiais elétricos com o Município.
Porém, o desvio se caracteriza por emissões de notas fiscais falsas de produtos não entregues. Assim, o Município pagava as notas frias. Parte do dinheiro era repassado para agentes envolvidos. Somente em um dos casos investigados, os desvios ultrapassaram R$ 500 mil. E a maior parte desse valor foi entregue em espécie ao então secretário de Administração e Finanças.
Conforme o Gaeco, as empresas que foram alvo dessa segunda fase da operação passaram a ser investigadas a partir da apuração da primeira etapa. É quando se identificou modo de agir semelhante ao do esquema criminoso denunciado.
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