A estrutura eficiente do Governo do Estado e a solidariedade dos paranaenses fazem do Paraná líder nacional em doação de órgãos. De acordo com o Governo, nos primeiros oito meses de 2019 foram realizados 1.147 transplantes (órgãos e córneas). Assim, em 2018, foram 1.879 e no acumulado dos últimos oito anos (2011-2018) o Estado alcançou 9.206 intervenções.
Uma única pessoa doadora pode salvar até dez vidas. Possuímos cinco vezes mais chances de precisar de um órgão do que efetivamente conseguir um doador”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Falar sobre doação, comunicar os familiares sobre esse desejo, é um ato de amor ao próximo. O Governo do Estado está comprometido com a população paranaense em se manter líder no ranking de transplantes.
MAIS QUE A MÉDIA
A média nacional de doações de órgãos é de 17 pmp (partes por milhão da população), enquanto o Paraná fechou o primeiro semestre deste ano com 41,1 pmp. Assim, o salto estadual entre 2010 e 2018 foi de 600%. Conforme pesquisa, o Estado tinha 6,8 doadores pmp no começo da década e atingiu 47,7 pmp no ano passado. Assim, lidera o ranking de doações no país.
Todavia, o Paraná também liderou o ranking de transplante de órgãos (outro parâmetro de dados) em 2017 e 2018, com 81,5 pmp e 90,9 pmp, respectivamente. A média nacional é de 41,9 pmp. O Estado foi o campeão no transplante de fígado e de rim no último ano.
DOADORES E TRANSPLANTES
Nestes primeiros meses deste ano foram registrados 313 doadores efetivos, 495 órgãos e 581 córneas de doadores falecidos e 71 órgãos de doadores vivos. Assim, a soma é de 1.147 transplantes. Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530 doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos e 5.496 córneas. No último ano foram 540 doadores efetivos, 949 órgãos e 839 córneas de doadores falecidos, e 91 órgãos de doadores vivos, totalizando 1.879 transplantes.
TRANSPORTE AÉREO
As cinco aeronaves à disposição do Governo do Estado têm a missão social de auxiliar o sistema estadual de transplantes. Assim, a frota é usada para o transporte de órgãos e ajuda a fazer do Paraná essa referência nacional. Dessa forma, somente neste ano foram 81 missões de apoio para o transporte de 191 órgãos, perfazendo 260 horas e 25 minutos de voo.
A operação é fundamental porque entre o momento de retirada do órgão e/ou tecido há um intervalo de isquemia (entre a retirada do doador até o transplante no receptor). De acordo com informações, com relação às córneas, o tecido pode ficar até 14 dias entre um espaço e outro; rins, 36h; fígados, 12h; pulmões, entre 4h e 6h; e, o coração, 4h.
INFORMAÇÕES
Como ser doador – É bem simples: avise a sua família. Seus órgãos só poderão ser doados com autorização dos seus parentes mais próximos.
Quem pode doar – Qualquer pessoa, após a confirmação da morte e mediante autorização da família.
Quais órgãos podem ser doados – Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões. Ou seja, um doador pode ajudar muitas pessoas.
Doador falecido – Pacientes que foram diagnosticados em morte encefálica (ME), o que ocorre normalmente em decorrência de traumas/doenças neurológicas graves, podem ser doadores de órgãos e tecidos. Nos casos em que o falecimento decorre de parada cardiorrespiratória (PCR), podem ser doados tecidos.
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável pode ser doadora em vida de um dos seus rins ou parte do fígado para um familiar próximo (até 4ª grau consanguíneo), porém quando a doação de um rim ou parte do fígado for para uma pessoa não aparentada é necessário autorização judicial.
Quem recebe os órgãos – Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.
A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes. Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.
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