A deputada estadual e procuradora da mulher da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Cristina Silvestri lidera movimento para manter e ampliar o atendimento humanizado às mulheres que são vítimas de violência sexual em todos os municípios do Paraná. Para isso, ela reuniu a bancada feminina da Alep e entidades de defesa dos direitos femininos com o secretário de Saúde, Beto Preto.
De acordo com a deputada, o tema foi uma das primeiras pautas apresentadas à Procuradoria da Mulher, instalada há três meses. “Esse programa é importante justamente por atender a mulher de maneira humanizada, em um momento de tanta fragilidade e dor”.
Conforme Cristina Silvestri, todos os exames necessários após um crime sexual, em vez de serem feitos no Instituto Médico Legal (IML), são feitos em hospitais de referência. “São feitos de uma única vez, sem potencializar eventuais traumas”.
Conforme a deputada, o programa só funciona de maneira plena em Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí e Foz do Iguaçu.
TREINAMENTO
De acordo com Beto Preto, o Governo pretende implementar um programa de treinamento que será realizado por peritos do IML. Assim, o curso será direcionado aos médicos. O objetivo é ampliar as ações desenvolvidas pelo programa que atende às vítimas de violência sexual.
Isso permitirá que os primeiros exames, logo após a violência, possam ser feitos em hospitais de referência e até mesmo em Unidades Básicas de Saúde.
“Precisamos deste treinamento para estender esse atendimento humanizado e qualificado às vítimas de violência sexual e doméstica para todos os municípios do Paraná”.
Conforme Cristina, na reunião, foram analisados, também, vários pontos do atual programa. Desde fluxograma dos atendimentos, à agilização dos encaminhamentos. Foi discutida, ainda, a importância de medidas que cheguem a todas as regiões paranaenses.
O encontro, realizado nessa segunda (30), contou com a participação de representantes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), Instituto Médico-Legal (IML). Além da Coordenadoria da Delegacia da Mulher (CODEM), União Brasileira de Mulheres (UBM) e Conselho Estadual da Mulher.