22/08/2023


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Unicentro é a 18ª do Brasil no ranking nacional de inovação

Entre as universidades públicas e privadas no Paraná, a Unicentro é a 3ª no ranking nacional de inovação, conforme pesquisa do Ranking Universitário da FSP

inovação universitaria

(Foto: Arquivo/RSN)

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) é a 18ª instituição no ranking nacional de inovação. Porém, entre as universidades públicas e privadas no Paraná, a Unicentro é a 3ª no ranking nacional de inovação. A avaliação é do Ranking Universitário da Folha de São Paulo (RUF), divulgado nessa segunda (7).

De acordo com a pesquisa, foram avaliadas 196 universidades brasileiras, públicas e privadas de acordo com indicadores de inovação, pesquisa, internacionalização, ensino e mercado. A Unicentro e a Sanepar fizeram, em 2018, um pedido de patente para a produção de etanol de terceira geração.

A matéria-prima foram algas de lagoa anaeróbia para o tratamento de esgoto. De acordo com a advogada e diretora de propriedade intelectual da Agência de Inovação Tecnológica da Unicentro, Cláudia Crisostimo, é primeira vez que uma pesquisa utiliza algas diretamente das lagoas de tratamento de esgoto para a produção de etanol.

( Foto: Jaelson Lucas/ANPr)

Conforme e diretora, o pedido de patente surgiu da pesquisa da bióloga da Sanepar Márcia Mendes Costa Guareski na dissertação de mestrado do curso de pós-graduação em Bioenergia na Unicentro. “O ranking é resultado de um esforço conjunto da universidade em parceria com empresas estatais e privadas, visando a criação de produtos inovadores para o Estado”.

Conforme Aldo Bona, superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, assim como a universidade estadual de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), Oeste do Paraná (Unioeste), a Unicentro também está entre as 60 instituições que possuem mais patentes solicitadas e artigos em colaboração com o setor produtivo.

As universidades estaduais, por meio dos núcleos e agências de inovação, têm buscado cada vez mais gerar pesquisas e patentes que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos paranaenses. Isso só é possível graças ao trabalho de toda a comunidade universitária.

O Paraná possui seis agências e núcleos ligados às universidades estaduais e que fazem parte da Rede dos Núcleos de Inovação Tecnológica do Paraná (Nitpar). Ao todo, já foram obtidos 39 patentes e 52 registros de marcas.

(Foto: Jaelson Lucas/ANPr)

ENERGIA SUSTENTÁVEL

A Unioeste aparece como a 32ª universidade mais inovadora do Brasil e a 5ª no Paraná. O primeiro Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica em forma de estacionamento, inaugurado em setembro, é um dos exemplos de ação inovadora da universidade. O projeto resulta de uma parceria com a empresa fornecedora de Painéis Fotovoltaicos Biowatts de Cascavel.

O laboratório terá a capacidade de gerar 2.900Kwh, que corresponde a uma economia de R$ 2.320 por mês na conta de energia da universidade. De acordo com o coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste Selmo José Bonatto, busca-se unir várias áreas de conhecimento da universidade.

“O objetivo é gerar energia elétrica a partir dos painéis fotovoltaicos unindo ensino, pesquisa, extensão, capacitação, inovação e empreendedorismo. Além disso, criar ambientes de convivência e outros espaços que possam servir a comunidade”.

PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

A Agência de Inovação da UEL conquistou a quinta patente este ano. Trata-se de um analisador de parboilização de arroz com imageamento digital. A invenção pretende produzir um modelo de equipamento para produção de imagens digitais de grãos de arroz parboilizados, quando iluminados por luz polarizada.

O equipamento é útil para empresas de comercialização de arroz e laboratórios de avaliação de produtos alimentícios. A aprovação do pedido de patente contribuiu para classificar a UEL entre as 38 universidades mais inovadoras do Brasil. E além disso, ficar entre as seis mais bem colocadas do Paraná, conforme o ranking da Folha de São Paulo.

(Foto: Jaelson Lucas/ANPr)

PREENCHIMENTO ÓSSEO

Na 44ª colocação do ranking nacional e em 7ª no Estado, a UEPG recebeu em abril deste ano, a patente de um biomaterial. A finalidade é reparar ou substituir tecidos, órgãos ou funções do organismo. Assim, o biomaterial desenvolvido tem aplicação como material de preenchimento ósseo.

A pesquisa foi criada pelo grupo de Materiais Funcionais e Estruturais, que desenvolve projetos de pesquisa e extensão voltados para inovação tecnológica e tecnologias com relevância socioambiental.

TRATAMENTO DE QUEIMADURAS

Uma das patentes concedidas para a UEM em 2019 foi um biocurativo com propriedades terapêuticas diferenciadas para o tratamento de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. Pela flexibilidade no tamanho pode também ser aplicado em superfícies com feridas de diversos tamanhos.

Entretanto, o produto apresenta maior funcionalidade e desempenho que os remédios convencionais. A UEM ficou classificada entre as 60 universidades mais inovadoras do Brasil e é a 9ª no Paraná.

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Cristina Esteche

Jornalista

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