22/08/2023


Exposição de arte emociona e incentiva crianças em Guarapuava

Através do autoconhecimento a professora Rozana auxilia os alunos, por meio da arte, a expressar seus sentimentos e inquietações

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Crianças que expuseram nesta semana em Guarapuava posam com a professora Rozana (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

A arte está presente na vida de qualquer pessoa desde o seu primeiro abrir de olhos. Aprender a desenhar, a ilustrar ou até mesmo a cantar uma canção faz parte de um universo artístico que ultrapassa o alcance dos olhos.

Assim, a professora Rozana Rosoha Ortiz, atua disseminando seu conhecimento há mais de 25 anos em Guarapuava. Em suas aulas a professora busca entender em qual universo o aluno se encaixa.

“Eu tento entender a essência do aluno, eu busco através da arte ajudar as crianças a entenderem seu lugar no mundo e como expressar e exteriorizar seus sentimentos pela arte”.

Maria Clara tem oito anos e foi uma das artistas da exposição (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

Para incentivar a produção artística além de aguçar a criatividade dos alunos, a professora organizou uma exposição no hall de entrada do campus Santa Cruz da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Assim, durante três dias quatro alunos da escola de arte Casa do Artista da professora Rozana, puderam mostrar seus trabalhos.

Isabela se disse contente em receber os pais e amigos para prestigiar seu trabalho (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

Ana Júlia Cabreira Fabiane, Maria Clara Luhm K. Milazzo e Isabela Vitória Regiani têm oito anos e apresentaram obras sob a técnica de óleo sobre tela. As meninas, de tão pouca idade, mantém uma amizade de alguns anos. Assim desenvolvem diversas atividades juntas, porém, mesmo com a convivência diária ainda tem percepções diferentes sobre o mundo e a arte.

Ana Júlia concorda que a arte ajuda em seu desenvolvimento (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

Já Luiz Arthur Turco Marconato apresentou a técnica de ilustração de histórias em quadrinhos cujo roteiro e ilustração saiu diretamente da imaginação do pequeno artista. Sob o título de “O zoológico maluco” a obra debate a influência dos celulares na rotina das brincadeiras das crianças.

UM PINGUINHO DE TINTA

A exposição “Um Pinguinho de Tinta” recebeu pais e amigos dos pequenos artistas. Depois de um discurso da professora Rozana, houve um coquetel, e uma noite de autógrafos do pequeno Luiz Arthur.

Luiz Arthur levou para o papel sua inquietação sobre a influência da tecnologia nas brincadeiras infantis (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

Luiz Arthur apresentou impressa sua obra de arte. Assim, com uma imaginação incrível e muita energia colocou no papel uma de suas inquietações. Usando animais de um zoológico ele questiona a influencia dos celulares nas brincadeiras.

Ele deu autógrafos após a apresentação da obra (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

“Na minha história, eu quero mostrar que é bom brincar, que não é apenas o celular que é legal, e eu acho que eu consegui passar a minha ideia”.

REPERCUSSÃO

A professora Rozana comparou a vida com a arte e em poucas palavras demonstrou a impossibilidade de uma existir sem a outra.

Desde cedo somos obrigados a desenhar a história da nossa vida, por isso eu considero que todos somos artistas, como pais, filhos, profissionais, como partes da sociedade em si. Por fim, aonde vamos temos que viver, produzir e disseminar através da arte.

Já as meninas descreveram a exposição como um momento especial. Além disso, concordaram com a importância da arte como uma forma de terapia e contribuição para o entendimento sobre seus sentimentos.

“É muito legal, porque a professora Rozana nos deixa livre para pintarmos o que temos vontade, ela nos ajuda quando temos dificuldade. Por isso, é importante que possamos mostrar nosso trabalho pronto para todos que amamos” declarou Maria Clara.

A professora Rozana atua em Guarapuava há 25 anos (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

Para finalizar, a professora Rozana declarou que se sente emocionada com os resultados.

Quando eu percebo que eles receberam o recado, que buscaram dentro de si as coisas que incomodam, ou dúvidas, inquietações e conseguiram expor em forma de arte, eu tenho certeza de que eu estou fazendo meu trabalho de forma correta.

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Cristina Esteche

Jornalista

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