22/08/2023


Agronegócio Paraná Política

Indicadores apontam economia do Paraná em ascendência

Para Ratinho Júnior, o bom momento do PR é amparado pela confiança dos empresários e por políticas públicas de apoio

Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

2019 fechou com boas notícias e perspectivas positivas para 2020 (Foto: AENPr)

Entre janeiro e dezembro de 2019, o Paraná acelerou o ritmo da produção industrial. Além disso, esteve entre os maiores geradores de emprego do país e manteve curvas ascendentes na agricultura e no comércio.

Assim, esse é o resumo dos principais indicadores econômicos do Estado no ano passado, que mostram desempenho acima da expectativa em todos os setores e recuperação que ajudou a impulsionar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o bom momento do Paraná é amparado pela confiança dos empresários e por políticas públicas de estímulo ao emprego, ao comércio, à desburocratização e à infraestrutura. “Os resultados econômicos de 2020 tendem para continuidade do crescimento e possivelmente um novo salto”, afirma o governador.

Entre as iniciativas estaduais que repercutem no desempenho econômico, entretanto, estão o programa Descomplica, de desburocratização no processo de abertura de empresas. Ainda a conquista da autonomia dos portos do Paraná, o programa Voe Paraná, a retirada de mais de 60 mil itens do regime de substituição tributária. Além da modernização tecnológica da Junta Comercial, o fortalecimento de um sistema estadual de fomento. E por fim, o programa Paraná Trifásico, de modernização da rede elétrica no campo.

“Mesmo com uma safra aquém das expectativas entre 2018 e 2019, o Paraná conseguiu impor um ritmo forte na economia, liderando a produção industrial, agregando valor aos produtos do campo. Também aumentamos a atração de investimentos privados, que ultrapassaram R$ 23 bilhões”, afirmou o governador. “E esse ritmo foi alcançado pelo esforço de produtores, cooperativas e empresários paranaenses, com apoio da bancada federal e dos deputados estaduais”.

Governador Ratinho Junior diz que resultados são amparados pela confiança dos empresários (Foto: AENPr)

RESULTADOS

De acordo com o boletim econômico da Secretaria da Fazenda, a atividade econômica cresceu 2,11% no Paraná no acumulado até novembro de 2019. Assim, o índice é resultado de uma projeção do Banco Central e se manteve positivo em todos os últimos meses, acompanhando a tendência nacional.

O Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), evoluiu nos nove primeiros meses de 2019 e deve atingir 0,7% no resultado acumulado, em contraste com a queda de 0,4% observada em 2018 e em três dos últimos cinco anos já analisados – 2014, 2015 e 2016.

No 3º trimestre do ano passado o crescimento foi de 1% em relação ao mesmo período de 2018. O índice foi puxado pela evolução do setor agropecuário e da indústria. Em 2019, o saldo da balança comercial do Estado foi de superavit de US$ 3,54 bilhões.

O Paraná foi um dos quatro Estados que aceleraram a geração de emprego no País em 2019, com saldo de 51.441 vagas abertas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o melhor índice dos últimos seis anos, com crescimento de 24,28% em relação a 2018. Houve recordes nos indicadores de todos os setores, da construção civil ao comércio.

O Estado também acumulou crescimento de 5,4% na produção industrial entre janeiro e novembro. É o maior índice do País e o melhor resultado desse recorte desde 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas oito dos quinze locais pesquisados registraram variação positiva entre janeiro e novembro de 2019, e o balanço nacional recuou -1,1% no período.

No comércio varejista ampliado (que engloba todos os setores), a evolução foi de 3%, de acordo com o IBGE. O índice acumulado dos onze meses é um comparativo com o mesmo período de 2018 e foi puxado pelo crescimento das vendas de materiais de construção (10,1%), veículos, motos, partes e peças (9%) e itens de uso pessoal ou doméstico (17%). A variação nacional apontou crescimento de 3,8%.

NOVAS EMPRESAS

O Paraná também encerrou 2019 com saldo de 111.616 novas empresas, segundo dados da Junta Comercial. Foram 182.437 aberturas, crescimento de 5% em relação a 2018, e 70.821 baixas. A média paranaense em 2019 foi de cerca de 15 mil aberturas por mês. A digitalização da instituição permitiu zerar uma fila de espera de mais de quatro mil pedidos de aberturas de empresas.

AGRO

Em 2019, o Paraná consolidou a 3ª posição no ranking nacional das exportações agropecuárias, correspondendo a 13,02% do volume brasileiro, atrás apenas do Mato Grosso (17,22%) e São Paulo (15,63%). O agronegócio foi responsável por cerca de 77,6% das exportações do Paraná em 2019.

Além disso, a produção avícola paranaense, por exemplo, superou as previsões otimistas do setor. O Estado encerrou o ano com recorde de abate de frangos, chegando a marca de 1,87 bilhão de cabeças. O número é 6,43% maior ao registrado em 2018, marcando o recorde para a produção em um ano. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O Paraná ainda se manteve como principal exportador de carne de frango do País, com 38% do volume total.

Assim, as exportações de carne suína, matriz econômica em que o Paraná também é protagonista, geraram US$ 1,4 bilhão em receita em 2019 entre janeiro a novembro de 2019, e registraram crescimento de 27,9% em relação a 2018.

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Cristina Esteche

Jornalista

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