22/08/2023




Esportes Região

Técnico Veto vai treinar duas equipes do Cantagalo no Futsal 2020

Conforme a Federação Paranaense de Futsal, não há ilegalidade em um treinador comandar duas equipes. “É uma situação peculiar, mas não existe vedação”

VETO TÉCNICO DO CANTAGALO FUTSAL

Técnico Veto vai treinar duas equipes do Cantagalo no Futsal 2020 (Foto: Juliam Nazare)

Em 2020, o público do futsal paranaense terá a oportunidade de acompanhar duplamente o trabalho do técnico Everton Paulino de Mattos, o ‘Veto’, no Campeonato Estadual. Isso porque Veto resolveu encarar uma jornada dupla nas quadras.

Assim, vai treinar o Caçula, na Série Ouro Feminina, e o CAC, na Série Bronze Masculina. Os dois clubes do município de Cantagalo. E os desafios não param por aí. Veto ainda equilibra as funções da modalidade com as tarefas de professor de Educação Física.

Como conciliar?

No Caçula, clube em que está desde 2019 quando levou o time à 5ª colocação da elite do estadual feminino, Veto ministra treinos às segundas, quartas e sextas, das 18h às 20h. No CAC, os trabalhos são diários, no período da manhã e à noite, sempre a partir das 20h.

Quanto ao cronograma de treinos está tudo certo. Mas e quando a bola rolar ‘pra’ valer, e os jogos da Série Ouro Feminina forem nos mesmos dias das partidas das divisões masculinas? Veto tem a solução.

“Nós vamos conversar com a Federação, para que, quando uma das equipes for jogar fora de casa, a outra folgue. Também queremos fazer rodada dupla de jogos em Cantagalo”.

Veto está retornando ao CAC 10 meses após ser dispensado. Em 2018, ele fez o Galo bater na trave pelo acesso à Série Prata: foi o 5º colocado. “Na época do meu desligamento, saiu um comentário de que eu havia pedido para sair, o que não é verdade. A diretoria antiga foi quem tomou a decisão”.

Em Cantagalo, os santos da casa fazem milagre, diz diretoria

O presidente do CAC, Izaias Sirigalli, tem evidenciado que o elenco de 2020 será formado por atletas da casa. Veto diz que tem participado da montagem do plantel e acredita que esse é o caminho mais curto para o clube ter êxito.“Estou voltando para devolver o respeito ao CAC. Os torcedores têm me parado na rua e perguntado ‘é verdade que você vai voltar?’. Eles estão entusiasmados, dizem que vão ir mais ao Barbosão [ginásio da cidade]”.

A ideia para 2020 no CAC é apostar nos talentos da casa. Em 2019, o Galo teve Felipe Quadri, de Pato Branco e Paulo César Franco, do Quedas do Iguaçu) no comando, além de muitos atletas de outras Regiões. O time não alcançou o resultado pretendido pela torcida: foi 12º colocado.

Acreditar que os “santos da casa” podem fazer “milagre”, parece ser a estratégia para a nova temporada. Nomes como o goleiro Júnior, o ala Chiquinho e o pivô Pipa já acertaram a renovação. Carazinho e Ronaldinho, vindos de Pinhão e Operário Laranjeiras, devem ser repatriados.

“Eu quero superar a campanha de 2018 do CAC. Temos condições de chegar entre os quatro primeiros”, argumenta o treinador.

A situação é legal perante a Federação?

De acordo com o assessor jurídico da Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS), Eduardo Vargas, não há ilegalidade em um treinador comandar duas equipes, desde que elas não estejam na mesma competição. “É uma situação peculiar, não é comum, mas não existe vedação”.

Jornada dupla: o que pensam as diretorias?

O diretor do Caçula, Leonan Paulo Di Domenico, diz que o clube entende a jornada dupla de Veto como uma valorização a sua trajetória, e que não se opõe.

“Quem não gostaria de ter um técnico como o Veto? É o melhor da Cantu. Ele foi disputado por outros clubes do Paraná, mas quis ficar em Cantagalo. O olhar da diretoria entende a valorização do profissional, pelo trabalho no CAC em 2018, pelo que fez no Caçula no ano passado. Houve entendimento entre os dois clubes, então estamos satisfeitos”.

No lado do CAC, o presidente Sirigalli demonstrou confiança no sucesso do trabalho de Veto. “Nossa pretensão é disputar a Série Bronze para conquistar o acesso e não tínhamos outro nome melhor como o Veto para assumir o comando.  Nós convidamos ele para voltar ao clube. Algumas situações foram elencadas, entre exigências de nossa parte, outras por parte dele – como por exemplo, comandar os dois clubes. Nós aceitamos”.

(Colaboração: Juliam Nazare)

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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