O pedido feito pela deputada estadual Cristina Silvestri para a habilitação do laboratório da Unicentro foi acatado pelo Governo. Assim, o processo de credenciamento já começou e inclui as cinco instituições estaduais de Ensino Superior do Paraná.
A habilitação será feita pelo Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab) para exames de identificação do coronavírus. Juntas, as universidades estaduais terão capacidade instalada de avaliar até 700 amostras por dia.
De acordo com o Governo, o número aumentaria a condição atual de processamento no Paraná em quase 120%. Conforme os dados, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) já tem capacidade de executar até 600 exames por dia. Ou seja, um incremento de 400% em relação ao início da pandemia. Porém, os kits para os exames e os insumos para a extração de amostras dos materiais coletados ficariam por conta das universidades, municípios ou entidades civis.
AUTORIZAÇÃO
A autorização para o credenciamento de novos laboratórios para os exames da Covid-19 consta no decreto estadual 4.261/2020. Assim, atende a um pedido do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Conforme o governador, a ação é mais uma possibilidade que o Estado tem para o enfrentamento ao coronavírus.
Quanto mais parceiros o Estado puder ter neste momento de pandemia, melhor. Quem ganha é a população do Paraná. As universidades estaduais podem sim fazer esse trabalho, sempre com o monitoramento do Lacen, que é referência não só para o Estado, mas também para todo o Brasil.
Porém, o governador disse ainda que Governo do Paraná reforçou em mais de 20% o quadro de profissionais do Lacen.
Assim, a equipe da Divisão dos Laboratórios de Epidemiologia e Controle de Doenças (DVLED), em São José dos Pinhais, passará de 60 para 73 profissionais até o fim de abril.
EXCELÊNCIA
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a atuação do Lacen como um balizador da qualidade dos exames que serão feitos em todo o Paraná. “As universidades vão se validar e em pouco tempo teremos condições de ampliar, e muito, os exames realizados no Estado. Sempre com a outorga do selo de qualidade e excelência do Lacen”.
Já o superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti), Aldo Bona lembrou que as universidades estaduais se colocaram à disposição para colaborar com o Governo do Estado desde o início da pandemia.
ESTUDO
Além de ter dado início ao processo para análises, as universidades locais também estão envolvidas com estudos para mapeamento da Covid-19. Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), a Universidade Estadual de Londrina está entre as três universidades com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil.
São 21 materiais, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP) com 91 e Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 32. O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, liderada pelos Estados Unidos com 4.400 estudos publicados, seguidos da China com 2.523.
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