22/08/2023




Cotidiano Guarapuava

Mesmo com estiagem, Guarapuava ainda não sofre dificuldade de abastecimento

Pitanga, Laranjeiras do Sul, Pinhão, Palmital, Marquinho, Nova Laranjeiras e Nova Tebas estão com níveis baixíssimos nos mananciais de captação com estiagem

CAPTAÇÃO GUARAPUAVA

Mesmo com estiagem, Guarapuava ainda não sofre dificuldade de abastecimento (Foto: Sanepar)

O Paraná enfrenta a pior seca em mais de 20 anos, conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que desde 1997, monitora as condições do tempo no Estado. Segundo o órgão, os baixíssimos níveis de chuva já duram mais de 10 meses.

Guarapuava foi um dos municípios que mais tiveram redução nas precipitações de chuva. Em março, por exemplo, choveu apenas 30 mm quando o esperado seria no mínimo, 113 mm, segundo o Simepar. Assim, a estiagem tem reduzido drasticamente a vazão de mananciais utilizados pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) para captação de água, que implantou rodízio no abastecimento em algumas cidades.

Mesmo diante deste cenário, o gerente da Sanepar na Região, Adão Alisson Slompo afirmou que Guarapuava ainda não corre risco de desabastecimento. “Temos uma situação de certa forma confortável. Nosso manancial, o Rio das Pedras, está abaixo do nível normal, mas temos água suficiente para atender toda a cidade, inclusive no médio prazo”.

Estação de captação em Guarapuava (Foto: Sanepar)

A última estiagem que comprometeu seriamente o sistema de abastecimento em Guarapuava ocorreu em 1990. Entretanto,  Slompo lembra que isso não quer dizer que as pessoas podem usar água de forma desmedida, varrendo calçada com mangueira, lavando carro.

A água tratada deve ser usada com inteligência e racionalidade. Apesar de não termos problemas aqui, o desperdício pode afetar outros sistemas da nossa Região, onde os mananciais estão bastante comprometidos pela seca.

Captação de água da Sanepar em Laranjeiras do Sul, no Rio do Leão, um dos mais atingidos pela estiagem na Região (Foto: Sanepar)

ALERTA NA REGIÃO

Municípios como Pitanga, Laranjeiras do Sul, Pinhão, Palmital, Marquinho, Nova Laranjeiras e Nova Tebas estão com níveis baixíssimos nos mananciais de captação, tanto rios quanto poços. Embora não haja expectativa de implantar rodízio, Slompo ressalta a possibilidade de falta de água e de desabastecimentos ocasionais.

“Nossas equipes estão trabalhando 24 horas por dia e temos tomado as medidas possíveis para amenizar a situação. Porém, é importante que a população colabore, fazendo uso econômico e restrito da água tratada”.

NÍVEIS CRÍTICOS

Os sistemas mais críticos são os de Pitanga, Marquinho, Laranjeiras do Sul e os distritos de Nova Divineia, em Pinhão, e Poema, em Nova Tebas. Nesses lugares a vazão de rios e poços já diminuiu em mais de 50%. “A situação só não está mais grave porque temos mananciais bem protegidos, com mata ciliar preservada”.

Como as previsões do Simepar são de volumes de chuva ainda baixos nos próximos três a seis meses, é importante economizar água.

(Foto: Sanepar)

OBRAS

Para acompanhar o crescimento populacional e minimizar a possibilidade de falta de água, a Sanepar tem investido continuamente na Região. Em Laranjeiras do Sul, está construção uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) – uma obra complexa que deve ser concluída até o fim deste ano.

A ETA também beneficiará o município vizinho, Rio Bonito do Iguaçu, que enfrenta eventuais desabastecimentos. Pinhão e Marquinho também estão recebendo obras para ampliação da produção. Conforme a assessoria de imprensa da empresa, em Nova Laranjeiras, a Sanepar está fazendo sondagem para a implantação de mais um poço.

USO CONSCIENTE

Especialmente em períodos de estiagem, a Sanepar orienta que a água seja prioritariamente usada para consumo humano – higiene e alimentação. Deve-se evitar a lavagem de calçadas, carros, roupas pesadas (cortinas, cobertores) e irrigação de jardins.

A Companhia incentiva o reúso, reaproveitando, por exemplo, a água de enxágue das roupas para lavar pisos e calçadas, tapetes e fazer a rega de plantas.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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