A sustentabilidade é a nova moda, mas muito além disso, a sustentabilidade é uma das formas de salvar a moda e também o mundo. A indústria fast fashion e a superprodução que esse modelo impulsiona levam a uma série de problemas que prejudicam a natureza seja em resíduos químicos, produção em massa, o consumismo exagerado ou os contratos de trabalho que prejudicam a vida de inúmeras pessoas. A tecnologia só veio agravando os fatores da produção que se tornou mais barata e poluente.
O valor do mercado mundial de vestuário está avaliado em cerca de três trilhões de dólares. De acordo com o portal Stylo Urbano, em 2019 o consumo de têxteis atingiu 73 milhões de toneladas e deve crescer cerca de 4% ao ano até 2025. Mas apenas 20% dos tecidos são reciclados, isso somando todo o mundo.
Julia Barbosa, mais conhecida como Ju Barbosa, de 23 anos, é formada em Design de Moda pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). Atualmente está cursando uma especialização em moda, produto e comunicação. Para ela, estudar design sempre foi um sonho. “Eu sempre gostei e sempre desejei fazer o curso. Minha mãe também é apaixonada por arte, desenho, sempre gostou de desenhar e fazia croquis. Acho que ela passou isso inconscientemente para mim”.
A paixão ficou mais forte quando iniciou a graduação e pode colocar em prática tudo que estava conhecendo. Na universidade, gostava de todas as matérias e sempre ouvia que estava no curso perfeito.
Eu fiquei um pouco abalada no último ano e não queria escolher uma só área para trabalhar. Fiz estagio em um atelier e isso mudou minha vida, a dona era uma pessoa que também se formou no meu curso. Era uma mulher jovem e empreendedora, com a marca dela e isso me incentivou a fazer meu próprio rolê acontecer.
Quando começou a pós-graduação, Julia criou o desafio Segunda Pele com base em tudo que aprendeu durante a graduação. Assim, começou a participar de diversos eventos de sustentabilidade da moda.
De acordo com ela, o desejo é passar para frente tudo que aprendeu. “Eu estava em uma bolha em que quem estuda e trabalha com moda sabe o que é sustentabilidade. Mesmo que a pessoa não aplique, ela sabe o que significa, mas, muitas vezes o público geral não. Por isso, que a sociedade não compra em brechó e compra da rede fast fashion de marcas que muitas vezes usam trabalho escravo”.
Assim, viu que consumir de forma consciente é algo trabalhoso, mas que vale muito a pena. Por isso, criou o desafio Segunda Pele com o objetivo de mudar a maneira de pensar e consumir moda e encontrar e compartilhar alternativas acessíveis para um consumo de moda mais consciente e sustentável.
Você precisa se conhecer, saber o que gosta, prestar atenção na qualidade e na marca. Foi então que decidi mudar meus hábitos para poder falar disso. Agora, te convido a participar do meu desafio.
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