22/08/2023
Economia

Clientes enfrentam filas no primeiro dia após a greve dos bancários

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O retorno ao trabalho após 15 dias de greve está provocando uma correria de clientes às agências bancárias. Em Guarapuava, neste primeiro dia de atividade, filas se formam à frente dos caixas eletrônicos. Mas há quem ainda prefira pagar as contas nas loterias da cidade.
“Estou há mais de 40 minutos na fila. Ainda bem que está chovendo, assim não tenho muita pressa”, comenta Priscila Soares que aproveitou o horário do almoço para quitar débitos na agência do Banco do Brasil.
Dona Elza do Amaral preferiu enfrentar uma fila numa das lotéricas da cidade. “Fila por fila aqui está bem menor do que nos bancos”, comentou. “E ainda aproveito pra jogar na Mega que acumulou”, completa.
Considerada pela categoria como sendo a maior greve nacional dos bancários nos últimos 20 anos, a greve foi encerrada no final da tarde de ontem quando uma assembleia aprovou as propostas apresentadas pela Fenaban, pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, que contemplam avanços considerados importantes em relação às principais reivindicações da categoria na Campanha 2010. São elas: aumento real, valorização dos pisos salariais, melhoria na PLR e inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho de mecanismos de combate ao assédio moral e à falta de segurança bancária.
De acordo com a ContrfaCut, o resultado da negociação é fruto do tamanho da greve. Fizemos a maior greve dos últimos 20 anos e faremos o melhor acordo desse período, pois a maioria já aprovou as propostas nas assembleias", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
"A exemplo do ano passado, a participação dos bancários de bancos privados foi fundamental na mobilização e na greve. E também como ocorreu em 2009, o resultado não é meramente econômico. Há importantes conquistas sociais, como o combate ao assédio moral e avanços no tema da segurança bancária", acrescenta Carlos Cordeiro.

Cristina Esteche

Jornalista

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