A toxoplasmose é uma doença transmitida por animais bastante comum, que pode ocorrer pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Desse modo, essa é uma infecção que pode apresentar complicações como toxoplasmose ocular e cerebral e também comprometer o bebê durante a gestação, levando inclusive ao abortamento em alguns casos.
Assim, as gestantes durante o pré-natal devem fazer exames para diagnosticar precocemente a doença para rápida intervenção terapêutica e medidas de prevenção. Para ampliar a atenção em relação aos cuidados, foi instituída a Semana de Orientação sobre a Toxoplasmose como a primeira semana do mês de agosto no Paraná, por meio da Lei nº 20203/2020.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, afirma que a visibilidade nesse tipo de patologia é essencial para a redução de danos à população. “Falar, debater, conhecer mais e aprender é o ideal para evitar muitas patologias”. Segundo ele, a toxoplasmose é uma doença evitável, com higienização das mãos, alimentos, cuidados com os animais de estimação, são importantes para evitar danos que a doença pode deixar na pessoa.
Desse modo, quando a gestante é diagnosticada com toxoplasmose, o tratamento e acompanhamento da doença são disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quando o tratamento é feito corretamente, o bebê fica protegido.
VIGILÂNCIA
Ainda de acordo com as informações, o rastreamento sorológico no pré-natal permite a identificação de gestantes suscetíveis para seguimento posterior, com vistas à prevenção da infecção aguda por meio de medidas de prevenção primária e a detecção precoce da toxoplasmose.
Assim, a notificação, investigação e o diagnóstico oportuno dos casos agudos em gestantes viabilizam a identificação de surtos, o bloqueio rápido da fonte de transmissão. E ainda a tomada de medidas de prevenção e controle em tempo, além da intervenção terapêutica adequada. E por fim, a redução de complicações, sequelas e mortes. A investigação em recém-nascidos permite a intervenção precoce em casos em que a doença seja confirmada.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Em gestantes, a doença pode afetar também o recém-nascido. Em 85% dos bebês infectados não há sinais clínicos evidentes. Mas a criança pode ter sinais no período neonatal como icterícia, macrocefalia ou microcefalia e crises convulsivas; ou nos primeiros meses, acometimento visual em graus variados, surdez e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor.
Assim, sequelas tardias são mais frequentes quando a toxoplasmose congênita não tratada com medicamentos específicos durante o primeiro ano de vida. Há casos relatados de surgimento de sequelas da doença, não diagnosticadas previamente, na adolescência ou na idade adulta.
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