O combate à violência contra a mulher em Guarapuava ganha uma aliada virtual. Trata-se do programa ‘Você não está sozinha’, criado pelo Instituto Avon e que está sendo implantado em Guarapuava pela Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher. De acordo com Priscila Schran, responsável pela Pasta, o programa foi criado para reduzir os impactos do isolamento na vida de mulheres e meninas.
“A partir do preenchimento de um formulário, a mulher tem acesso às assistências social, psicológica e jurídica. Além disso, o programa oferece acolhimento em hotéis e casas de passagem, transporte de emergência e cestas básicas. Tudo de graça”.
O programa também é conectado com o Uber para corridas gratuitas em caso de necessidade de locomoção. “Estão sendo disponibilizadas 10 milhões de corridas para vítimas de violência no país”. Porém, o acolhimento em hotéis não está sendo ofertado em Guarapuava por se tratar da Rede Arccor.
Conforme Priscila, o acesso se dá pelo WhatsApp, no número (11) 94494-2415. E a partir das respostas, a assistente virtual avalia o risco e orienta a mulher sobre qual será a melhor opção para atendimento.
MAPA DO ACOLHIMENTO
De acordo com Priscila, uma das alternativas é acessar o ‘Mapa do Acolhimento’, disponibilizado pelo whatsapp, que sugere o contato no número 180. “É no caso em que a mulher não possa sair de casa naquele momento”. Conforme Priscila, é uma rede de solidariedade que dá opções de atendimentos. “Se uma mulher, por exemplo, necessita ser acolhida, acessa o mapa e terá à disposição uma rede de apoio de serviços públicos”.
Segundo a secretária, em Guarapuava, o atendimento é no Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram). Esse órgão atende junto à Secretaria de Política Públicas para a Mulher.
SERVIÇOS DISPONÍVEIS
WhatsAppBot: em parceria com a Uber, Smarkio, Decode e Wieden+Kennedy, o Instituto Avon desenvolveu uma assistente virtual para atuar como porta de entrada. A assistente virtual ajuda as mulheres a entenderem se estão passando por violência, informar sobre e onde buscar os serviços públicos disponíveis na rede de proteção (centros de atendimentos, delegacias da mulher, hospitais, abrigos dentre outros).
Além disso, orienta sobre os recursos disponíveis para apoiá-la a sair de um ciclo de violência. A robô pode ser acionada via Whatsapp no número (11) 94494-2415.
Apoio material: com a instabilidade financeira agravada pela crise de covid-19, algumas mulheres estão enfrentando dificuldades para suprir as necessidades básicas alimentares das famílias. Pensando nisso, o Instituto Avon estabeleceu uma parceria com o Instituto Grupo Pão de Açúcar (GPA) para doar cestas básicas às mulheres de alta vulnerabilidade e com necessidades básicas alimentares.
A solicitação do apoio e cestas de alimentação pode ser feita pelo site do Programa: http://bit.ly/sozinhasnao ou por meio das organizações parceiras da iniciativa.
OUTROS APOIOS
Rede de apoio psicológico e jurídico para mulheres em situação de violência doméstica e familiar: o Mapa do Acolhimento conecta mulheres em busca de atendimento a uma rede de psicólogas e advogadas voluntárias em todo o Brasil. São especializadas em violência de gênero dispostas a atendê-las. Caso a vítima não encontre uma voluntária na Região, ou o nível de risco seja muito alto e com demandas urgentes, ela é conectada à rede pública de apoio mais próxima.
Assim, o projeto acolhe pessoas que sofrem ou sofreram violência sexual, psicológica, física, virtual, patrimonial, institucional, obstétrica, doméstica, moral, assédio, racismo e LGBTfobia. Basta acessar: www.mapadoacolhimento.org e escolher a opção: Quero ser acolhida.
Rede de serviços públicos: além do apoio psicológico e jurídico, a plataforma Mapa do Acolhimento em uma mobilização nacional que reuniu voluntárias de todo o Brasil, construiu um “Guia dos Serviços Públicos”. Esse guia elenca todos os serviços disponíveis para atendimento e acolhimento de mulheres no Brasil.
Além de um “Mapa dos Serviços Públicos de Proteção às Mulheres”, com informações atualizadas sobre o funcionamento desses serviços durante a pandemia. O resultado, você encontra no link: https://www.servicospublicos.mapadoacolhimento.org/
Além disso, a parceria com o Ligue 180, principal canal de orientação à mulher em situação de violência no Brasil, foi estendida. O canal recebe denúncias de violência, inclusive pelo Aplicativo Direitos Humanos Brasil (https://apps.apple.com/br/app/direitos-humanos-brasil/id1505861506) e no site: http://ouvidoria.mdh.gov.br.
Assim, ambos possuem chat e videochamadas em Libras, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e fornece orientações legais, encaminhando-as, quando necessário, para outros serviços de apoio. Por fim, a parceria prevê ainda o compartilhamento e atualização de informações sobre os recursos do programa e serviços públicos disponíveis à mulher em território nacional.
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