22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Paraná permanece como líder em doações e transplantes de órgãos

Em Guarapuava, o Instituto Virmond recebeu 18 doações apenas em 2020. De acordo com informações, a maioria de homens, com um total de seis doações

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Paraná permanece como líder em doações e transplantes de órgãos (Foto: Reprodução/Pixabay)

Mesmo em meio a um cenário de dificuldades ocasionadas pela pandemia do coronavírus, o Paraná continua como líder em doações e transplantes de órgãos neste primeiro semestre. O dado leva em consideração todos os estados brasileiros. As informações são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Assim, de acordo com a associação, o Paraná atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de pessoas (pmp).

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, nos últimos anos o Paraná tem se mantido na liderança, e muito mais que um número, isso representa que o Estado tem mantido o compromisso com as famílias paranaenses de continuar salvando vidas. “O trabalho eficiente e estruturado do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR) se manteve mesmo em meio ao enfrentamento da pandemia. No Paraná todos os potenciais doadores de órgãos estão sendo testados para covid-19. Isso garante segurança aos receptores e também dá tranquilidade aos profissionais de saúde”.

(Foto: Reprodução/AEN)

EM GUARAPUAVA

Em Guarapuava, o Instituto Virmond recebeu 18 doações de órgãos apenas em 2020. De acordo com informações do Instituto, a maioria de homens, com um total de seis doações. Seguido por quatro mulheres e duas crianças. Além disso, o hospital também informou que grande parte do recebimento foi de idosos, foram seis doações.

É importante ressaltar que a maioria dos transplantes feitos no Instituto é de córneas, com oito transplantes. Assim, seguido por rins e coração, com três e dois transplantes respectivamente.

Ainda conforme as informações, quatro destas doações foram feitas após pacientes falecerem por morte encefálica e seis após serem vítimas de parada cardiorrespiratória.

DADOS DO ESTADO

(Foto: Gustavo Pontes/SEDU)

De acordo com a Agência Estadual de Notícias, de janeiro a junho de 2020, o Paraná registrou 558 notificações de potenciais doadores e 252 doações efetivas, que corresponderam a 385 transplantes de órgãos. Além da liderança em doações, o Estado se mantém no topo da lista em transplantes renais e em segundo lugar em transplantes de fígado, com uma média de 45,7 e 19,2 pmp, respectivamente.

Dessa maneira, os dados também informam que o estado teve queda das recusas familiares em doar os órgãos, nestes seis meses. Apenas 23% das famílias se recusaram a doação de órgãos, sendo este o índice o mais baixo já registrado na história do SET/PR.

Segundo a coordenadora do Sistema, Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, a queda na recusa dos familiares demonstra que a população paranaense tem se mostrado ainda mais solidária e consciente da importância da doação de órgãos.

2019

De acordo com o Governo, nos primeiros oito meses de 2019 foram feitos 1.147 transplantes (órgãos e córneas). Assim, em 2018, foram 1.879 e no acumulado dos últimos oito anos (2011-2018) o estado alcançou 9.206 intervenções.

Nos primeiros meses do ano foram registrados 313 doadores efetivos, 495 órgãos e 581 córneas de doadores falecidos e 71 órgãos de doadores vivos. Assim, a soma é de 1.147 transplantes. Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530 doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos e 5.496 córneas. No último ano foram 540 doadores efetivos, 949 órgãos e 839 córneas de doadores falecidos, e 91 órgãos de doadores vivos, totalizando 1.879 transplantes.

ENTREVISTA FAMILIAR

No Brasil, as doações só ocorrem após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida o desejo de doar. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer as dúvidas e receberem orientações.

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Antunes

Jornalista

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