A Secretaria de Estado da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra o sarampo até 30 de outubro. A vacina é indicada para todas as pessoas com idade entre 20 e 49 anos. Além desse grupo, devem receber a dose, quem não têm registro na carteira de vacinação ou não lembra se já foi imunizado. Em Guarapuava, para se vacinar, basta procurar uma UBS de segunda à sexta.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a vacina é muito importante para a população. “Esta é a única forma de prevenção do sarampo. É gratuita e não faz mal. Por isso, vá até a unidade mais próxima da sua casa, com todo o cuidado para a proteção contra o coronavírus, e tome a vacina para evitar o sarampo”.
PARANÁ SEM SURTO
Em 22 de setembro, após 90 dias sem registro de casos novos de sarampo, o Paraná encerrou o surto da doença iniciado em agosto de 2019. O Paraná estava há mais de 20 anos sem casos de sarampo. Posteriormente, em agosto de 2019 o primeiro caso confirmado se deu, dias após a pessoa viajar para outro estado e retornar para casa infectada pelo vírus.
O Informe Epidemiológico atualizado em 23 de setembro, contabiliza 1.976 casos confirmados. Assim, 1,6 mil casos ocorreram em 2019 e 376 no ano de 2020. O Paraná não registrou mortes por conta do sarampo. Do total de 3.596 notificações, 1.368 casos permanecem descartados e 252 casos ainda estão em investigação.
Além disso, dos 399 municípios paranaenses, 49 tiveram casos confirmados. Curitiba registrou o maior número, com 1.285, ou 65% do total. As faixas etárias mais acometidas foram: 10 a 19 anos (23,1%), 20 a 29 anos (52,3%) e 30 a 39 anos (14,8%), respectivamente com 457, 1.035 e 293 casos.
Conforme Beto Preto, a população deve contribuir para manter o Estado sem casos. “Eliminamos o sarampo por mais de duas décadas e por falta de imunização a doença infectou muitas pessoas. Embora estejamos encerrando o surto, é preciso ficar alerta porque o vírus está circulante em outros estados. E a mobilidade é grande, as pessoas viajam e voltam para cá. Por isso, a vacinação é tão necessária”.
AÇÕES
Durante o surto ativo da doença, a Saúde fez diversas ações contra a doença. Como bloqueio dos contatos dos casos identificados e visita técnica aos municípios que registram maiores números de casos. Além disso, videoconferências e outras atividades. Todas as condutas tiveram como objetivo aumentar a cobertura vacinal da faixa etária contemplada com a imunização.
Quando o surto começou, o Laboratório Central do Estado (Lacen) dava o diagnóstico laboratorial pela pesquisa sorológica de anticorpos IgM e IgG. Desse modo, com o método Enzimaimunoensaio (Elisa), devido a sensibilidade e especificidade do teste.
Porém. desde março de 2020, o Lacen implantou a metodologia de RT-PCR para detecção do vírus do sarampo nas amostras encaminhadas de urina. Além disso, na secreção de nasofaringe e orofaringe, o que contribuiu no diagnóstico da doença.
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