22/08/2023


Cotidiano Região

Paróquia Sant’Ana monta presépio vivo no Centro de Pitanga

A construção do presépio e a manutenção dos animais é de responsabilidade do Movimento Terço dos Homens. A iniciativa envolveu diversas pessoas

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Animais vivos estarão no Centro da Cidade (Foto: Edgard de Souza)

Com o intuito de inserir cada vez mais as pessoas no contexto humano do Natal, a paróquia Sant’Ana, em Pitanga, este ano, montou um presépio diferente. Em vez de imagens inanimadas e dos tradicionais enfeites, toda a comunidade pode apreciar, nesses dias que antecedem o nascimento de Jesus Cristo, um cenário vivo e repleto de ensinamentos.

Segundo o pároco local, padre Gilson José Dembinski, a ideia de criar um presépio vivo, com a presença de animais, em um cenário semelhante àquele que Jesus nasceu, tem por finalidade mostrar um pouco dos contrastes e das ilusões vividas pelas comunidades. Conforme o sacerdote, a maioria das pessoas se empolga apenas com o brilho das luzes, com as compras, e deixa de lado a parte mais importante que é a celebração do nascimento daquele que veio para salvar a humanidade.

(Foto: Edgard de Souza)

A ideia foi fazer um pouco do contraste, uma distinção entre a alegria e a ilusão das luzes e a realidade. Todos os anos, a praça da igreja é enfeitada. Mas desta vez, foi inserida a ideia de mostrar a simplicidade do Natal, a simplicidade de Jesus e a harmonia com a natureza da qual somos parte e aqui, representada pelo presépio com os animais reais. Ao mesmo tempo, o presépio se tornou um atrativo, principalmente para as crianças, que se empolgam pelo movimento e pelo encanto dos animais.

Cristiano Tizott é coordenador do Movimento Terço dos Homens na paróquia Sant’Ana, local de onde surgiu a ideia da montagem do presépio vivo. Conforme Cristiano, um questionamento do pároco, padre Gilson, levou todos os integrantes do grupo de oração a refletirem sobre o real sentido da preparação para o nascimento de Cristo.

Ele pontua que todos chegaram à conclusão de que este é um período onde o consumismo e o comércio ganha muito espaço, tornando, portanto, o advento, um acontecimento secundário na vida da comunidade.

(Foto: Edgard de Souza)

O que nos motivou a realizar este projeto, foi um questionamento do padre Gilson em uma de nossas reuniões. O padre nos levou a refletir sobre o nosso Natal de consumismo, de comércio. Na maioria das vezes, deixamos de lado o Natal verdadeiro, que é a vinda de Cristo na humildade, na simplicidade. Depois de várias conversas, tivemos a ideia de, junto com a paróquia, promover este presépio vivo. Neste cenário, as crianças e todas as pessoas, podem ter contato com os animais e cada um tem a possibilidade de imaginar e refletir sobre a vinda de Jesus.

A elaboração do projeto e montagem do presépio contou com a colaboração de muitas pastorais e movimentos da paróquia Sant’Ana, conforme destacou Cristiano. O grupo do Terço dos Homens ficou responsável pela construção do local e pelo cuidado e manutenção dos animais que ficarão expostos na praça durante o período que antecede o Natal. “Várias pastorais e movimentos colaboraram neste projeto. Nós, do grupo Terço dos Homens, ficamos responsáveis pela construção do presépio vivo e pelo cuidado com os animais. Nosso grupo é formado por setenta pessoas e a grande maioria nos ajudou”.

(Foto: Cristiano Tizott)

Os trabalhos de construção dos estábulos, estrebarias e afins, duraram uma semana. A iniciativa chamou a atenção dos moradores que, em princípio, não entendiam o que seria montado naquele local público. Depois de tudo pronto, os voluntários trabalharam mais um dia para transportar os animais e acondicioná-los em espaços. Depois disso, o presépio foi aberto às visitações.

“Montamos o presépio em uma semana e, durante um dia inteiro, trabalhamos no transporte dos animais. Mas o trabalho foi muito gratificante, pois a aceitação da comunidade, sobretudo das crianças, está sendo muito grande. Devido à pandemia, as pessoas quase não saíam de casa. E agora, uma volta na praça com os pais, significa muito para os filhos pequenos. Isso, de certa forma, é uma catequese para nós adultos, mas, principalmente para as crianças”.

*Com colaboração de Jossan Karsten

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Cristina Esteche

Jornalista

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