Nesta terça (23), o Cadeião de Guarapuava alcançou o maior número de presos dos últimos dois anos. Conforme as informações do Departamento Penitenciário do Paraná, hoje 501 detentos ocupam o espaço projetado inicialmente, para 166. O que representa um excesso de 200%. Desse total, 50 ocupam a cela chamada ‘seguro’.
Não há informações concretas sobre quantos destes presos já têm condenação definida. A Cadeia Pública é projetada para abrigar presos temporários. Entretanto, não há vagas no sistema penitenciário para o cumprimento destas penas. A cadeia de Guarapuava, em número de presos é a maior do Estado. Os detentos seguem em ‘greve’ desde a última quinta (18) e se negam a sair para o banho de sol. Eles reivindicam a volta das visitas e a entrega de sacolas, suspensas em decorrência da pandemia.
Na semana passada, em sete dias três detentos da unidade prisional morreram. Dois por enforcamento, um na segunda (8) e outro no sábado (13). Já na segunda (15), outro detento morreu. Porém, ele solicitou atendimento médico, o que foi prontamente atendido pelo Depen. Ele saiu da unidade prisional com vida e morreu na Upa do Batel. A causa da morte ainda não foi divulgada. No ano passado sete detentos morreram, todos dentro da unidade prisional.
ENEM
Ainda de acordo com as informações do Departamento Penitenciário, nesta terça (23), 30 detentos do Cadeião de Guarapuava estão prestando testes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Conforme a chefia da cadeia, a prova ocorre na sala de aula nas dependências da cadeia, sob supervisão de professores do Ceebja.
NOVA UNIDADE
O início das obras da nova unidade prisional em Guarapuava, foi novamente adiada no ano passado. Assim, a data informada, no início de agosto de 2020, pelo chefe de cadeias públicas da Regional de Guarapuava, Rodrigo Alves Fávaro, era 2022.
Nesta terça (23), ele voltou a confirmar o atraso da construção e afirmou não ter novidade sobre a data. Um impasse jurídico acerca do terreno, atrasou a construção da nova unidade.
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