22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Dia 2 de abril é o dia Mundial de Conscientização sobre o autismo

Rita Armstrong  é mãe de Henrique, 24 anos, que estudante de Engenharia e faz uso de cão assistente. Ela esclareceu ao Portal RSN alguns pontos sobre o tema

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Henrique e Rita (Foto: Arquivo Pessoal)

Nesta sexta (2), comemora-se o Mundial de Conscientização do Autismo, que busca sensibilizar a população divulgando informações a respeito do tema. Rita Armstrong  é mãe de Henrique, 24 anos, que estudante de Engenharia e faz uso de cão assistente. Ela esclareceu ao Portal RSN alguns pontos sobre o tema.

Ela explicou que o maior desafio para o Autista e sair de casa. É enfrentar a sociedade é comunicar-se, relacionar-se. Por isso, as pessoas precisam entender que o autista “não parece” mesmo. Ela afirma que não tem cara e não é doença é um distúrbio psiquiátrico que pode ou não vir com algumas doenças comum independente do TEA. “Eles não são todos iguais. Cada um é cada um apesar de todos convergirem para o mesmo comportamento”.

Além disso, Rita explicou que a maioria deles tem muita dificuldade em ficar em uma fila de espera ou por muito tempo em uma festa ou programação. “Eles tem o seu tempo que extrapolar o limite eles entram em crise. Não está neles o domínio da situação em muitos casos. Alguns Autistas fazem uso de objetos, animais e outros apegos, para se agarrar a um conforto, sentir segurança ao enfrentar a vida no cotidiano. O cão assistente tem sido um suporte fenomenal trazendo grandes benefícios a comunicação e a socialização do autista”.

PARTICULARIDADES

Ainda conforme ela, o autista na sua maioria, não suporta que o toquem, que gritem, fale alto, e os fogos de artifício, motos e carros barulhentos o levam a loucura. É muito sério e desesperador para eles e para o cuidador. Além disso, eles são seletivos quanto a alimentação e a lugares, ambientes, e etc.

Não suportam etiquetas de roupas ou pisar descalço a sensibilidade do toque é muito forte. Assim como cheiro. Eles também na sua maioria tem dificuldade de equilíbrio e não entendem piadas ou brincadeiras. Acreditam que a maioria das pessoas falam a verdade e veem pouca maldade nas pessoas. E quando veem ficam muito tristes, sofrem mesmo. Ficam indignados com injustiças são muito corretos e verdadeiros. Levam cada palavra e promessa ao pé da letra.

Sobre ser mãe de um autista, Rita faz um desabafo: “Todo Autista tem uma mãe que sofre, chora, não come, não dorme, que se anula e que vive em função do seu filho. Por favor não agrida ou discuta com ela pois até chegar em você ela já esteve guerreando desde que acordou e saiu de casa. Saiba que tua atitude pode ser fatal. Acolha! Respeite”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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