22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Pérola do Oeste diz que transporte coletivo pode parar em Guarapuava

Prefeito Celso Góes disse que há dias vem participando de audiências de conciliações com diretores da Pérola do Oeste e Tribunal de Justiça

ONIBUS

Transporte coletivo está entrando em colapso (Foto: Ascom/Pérola do Oeste)

Acumulando prejuízos há cerca de dois anos, a Pérola do Oeste acena com possível paralisação do transporte coletivo em Guarapuava. O anúncio desta sexta (9) ocorreu após a paralisação do setor em Londrina a partir de hoje. Maringá e Ponta Grossa já estão sem o serviço.

No entanto, o ‘pivô’ de um eminente colapso dessa prestação de serviço, deve atingir todos municípios que estão sem receber subsídio financeiro das prefeituras. Contudo, o prefeito Celso Góes (CDN) disse ao Portal RSN no início da tarde desta sexta, que diariamente está se reunindo com a diretoria da Pérola do Oeste em busca de uma solução.

Góes entende que o transporte coletivo é um serviço essencial e que sem ele “para tudo”. Todavia, a empresa possui pendências judiciais para as quais o prefeito aguarda pareceres, incluindo o Tribunal de Contas do Paraná. Conforme o TCE, o órgão analisou as contas do sistema de transporte municipal e recomendou que a Prefeitura crie um plano de subsídio.

Esse planejamento deve prever o auxílio até o fim da pandemia. Assim sendo, o TCE deu o prazo de três meses para resolver a questão. “Hoje ainda (9) teremos outra reunião com a diretoria da empresa”, disse o prefeito. Trata-se de audiências de conciliação junto ao Tribunal de Justiça para se chegar a um acordo.

ALERTA VEM OCORRENDO HÁ MAIS DE UM ANO

De acordo com a empresa, o alerta da situação de precariedade foi dado à Prefeitura há mais de um ano. “Sem nenhum auxílio financeiro por parte do poder público, os prejuízos são cada vez maiores”. Conforme a empresa, antes mesmo da pandemia já havia um desequilíbrio econômico relevante, causado, dentre outros fatores, pela defasagem da tarifa. “Estamos há mais de dois anos sem correção. Nesse cenário, a manutenção da prestação do serviço corre sérios riscos”.

Conforme o diretor geral, Ruy Camargo, os prejuízos acumulados levaram a um “esgotamento absoluto” de caixa. Dessa forma, o desafio é o de manter a sobrevivência neste cenário crítico para o setor em todo o país.

“Nós tivemos muito apoio dos nossos colaboradores, tanto nas parcerias administrativas quanto na disposição para o trabalho nas ruas. Precisamos também continuar honrando com os salários. E manter os empregos dessa equipe composta em sua maioria por pais de família que dependem dessa renda”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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