Briga entre presos provoca duas mortes na semana

A superlotação da Cadeia Pública de Guarapuava e a "lei" que impera no código dos presos já provocou a segunda morte durante a semana. João Batista Bel, a segunda vítima consecutiva, foi morto com golpes de uma barra de ferro (estoque) no tronco e no pescoço O autor seria Marcelo Novaes, preso por roubo e furto e agora acusado por homícidio qualificadolem tembá era acusado por furto e roubo. De acordo com o delegado-chefe da 14° Subdivisão Policial, Italo Biancardi Neto, há cerca de 45 dias os dois presos se desentederam e para evitar justamente o que acabou acontecendo, ambos estavam numa cela separada (conhecida como "seguro" e reservada para presos acusados, principalmente, por estupro) e para quem está sendo ameaçado por outros presos.Segundo Italo, Marcelo e João Batista dividiam o mesmo espaço há cinco meses.

De acordo com o delegado, a barra de ferro transformada em estoque foi retirada da parte elértica ou hidráulica da própria cadeia, mas familiares também levam "armas" nos dias de visitas escondidas até no meio de comidas.

A "lei do silêncio" que impera entre os quas 200 presos da Cadeia de Guarapuava impede que o motivo do crime venha à tona. O autor também se cala perante a lei.

Este foi o segundo caso de briga e de morte na Cadeia. Na segunda-feira, dois dias antes do segundo crime, João Maria dos Santos foi atacado por André de Lima e não resistiu aos ferimentos que provocaram hemorragia que o levou à morte. A justificativa dada por André é que João Maria estava descontrolado por uma crise de abstinência alcoólica e impedia que os demais presos dormissem.

A fragilidade da Cadeia Pública de Guarapuava foi levantada pela RSN durante a semana. Tentativas e fugas estão sendo constantes e colocam os moradores do entorno da 14° SDB, na Vila Pequena, em pânico. Motivos é o que não faltam. O prédio que abriga a delegacia e a Cadeia é antigo, sem as mínimas condições de segurança. A superlotação nas celas com 7 a 8 presos num espaço que caberia apenas um é uma ameaça constante.

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