22/08/2023
Guarapuava Segurança

Defesa de Manvailer afirma que júri está “exatamente na metade”

"Eu conheço Tatiane Spitzner mais do que ninguém. São anos e anos de mensagens de WhatsApp", diz defesa de Manvailer

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Defesa durante entrevista à imprensa hoje (7) (Foto: Portal RSN)

Depois do testemunho de Leandro Dobrychtop – responsável pelas investigações no local do fato -, a defesa do réu preso voltou a se pronunciar à imprensa nesta sexta (7). Desta vez, a defesa de Luis Felipe Manvailer afirmou que o julgamento está “exatamente no meio”. De acordo com os advogados, neste momento o andamento do julgamento depende da defesa.

“Caminhamos do meio para o fim, estamos exatamente no meio o que pode acontecer a qualquer momento. Para que vocês possam estar preparados para o grande julgamento é que agora depende da defesa agora. Nós podemos simplesmente desistir de testemunhas e imediatamente os debates acontecerem, podemos pedir leitura de peças e o julgamento atravessar outra semana, pode ser que aconteça. Vai dependendo das nossas avaliações, num julgamento desses não temos pressa”.

Ainda em entrevista Cláudio Dalledone Junior foi enfático ao afirmar que ele é a pessoa que mais conhece Tatiane Spitzner.

Eu conheço Tatiane Spitzner mais do que ninguém. São anos e anos de mensagens de WhatsApp. Assim, são 10 mil páginas da perícia. Nós empregamos mais de 10 operadores para trabalhar isso, processando esses dados, conhecemos o dia-a-dia, por conta das conversas. Ela, infelizmente, tinha essa questão de tratar, pelo menos com o pai e o marido, chantagens emocionais.

Além disso, o advogado ainda destacou que testemunhas viram por três momentos que ela ameaçou se jogar e o que ‘diz’ o corpo [se referindo aos laudos]. “Porque o corpo dela fala, Tatiane esta falando com a gente o tempo todo”. O advogado finalizou a entrevista dizendo que “não é um jogo nem nada, realmente nós dependemos da qualidade dos depoimentos”. A acusação não se pronunciou à imprensa no intervalo da sessão.

OUTRAS DECLARAÇÕES

Ainda de acordo com a entrevista de Dalledone, a defesa considerou ‘digna’ a atitude de Leandro ao afirmar não ter “elementos de prova que possam me que convencer de que houve um feminicídio”. O advogado também aproveitou a oportunidade para criticar novamente a postura do auxiliar de necropsia do IML Obadias de Souza Junior, a quem ele questiona a atuação profissional e ainda traz à tona, detalhes ligados à vida pessoal, que não têm ligação com o caso em julgamento.

Por fim, sobre as declarações de Marco Aurélio Jacó, o advogado da defesa afirmou que o policial civil tem uma hipótese de que Luis Felipe matou e jogou o corpo da mulher. “Deixei ele muito à vontade. A hipótese dele é essa. Mas as marcas no corrimão, ele não conseguiu explicar. A declaração dele não se amolda com as marcas e com outras testemunhas”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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