O Conselho de Sentença acatou a sustentação da acusação e condenou Rodolpho Scherner Neto a 18 anos, um mês e cinco dias em regime fechado. Ele responderá à sociedade pela morte de dona Filomena Schepansky de 70 anos, em janeiro de 2020. O advogado Allan Quartiero, que defende Rodolpho, vai recorrer da quantidade da pena. O prazo é cinco dias. Enquanto isso, Rodolpho continua recolhido no cadeião de Guarapuava.
De acordo com a juíza Suzan Nataly Dayse Perez da Silva, a somatória da pena resulta também pela fuga e direção perigosa. Entretanto, a tentativa de homicídio contra Ivete Bilek foi desclassificada para lesão corporal.
Dessa forma, os jurados entenderam que o condenado dirigiu em alta velocidade e fazia manobras na madrugada. Na avenida onde o atropelamento ocorreu a velocidade máxima permitida é de 60 Km/h. A BMW estava sendo pelo conduzida a 101 Km/h, segundo o laudo pericial.
DOLO EVENTUAL
Além disso, o Conselho de Sentença aceitou a tese da acusação de que Rodolpho estava embriagado e com fadiga por falta de dormir. Portanto, venceu a tese do homicídio com dolo eventual. Ou seja, Rodolpho quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
Já a defesa procurou a desclassificação do crime para culposo. Entretanto, com base no Código de Trânsito (legislação específica) e não no artigo 121 do Código Penal. Todavia, sem êxito.
De acordo com o filho de Filomena, Thiago Dias, embora a condenação não devolva a vida da mãe, a família sabe que a Justiça foi feita. “Agora, eu vou reviver por dentro. Vou tocar a vida”. Conforme ele, dona Filó, era técnica de enfermagem e deu o primeiro banho em Rodolpho quando ele nasceu.
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