Falta do transporte escolar atinge portadores de deficiências

Portadores de deficiências física, motora e mental estão sem freqüentar escolas especializadas em Guarapuava por falta de transporte escolar.
Na Escola Municipal São José estudam 203 alunos no ensino regular e nas classes especiais. Destes, 30% são estudantes que necessitam do ensino especializado e que precisam ser transportados até a escola localizada no Bairro dos Estados.
“Os pais que podem trazer os filhos estão fazendo isso, mas a maioria não tem condições e está sem vir”, afirma a diretora Elizete Anzolin. “Esperamos que essa situação seja normalizada logo”, espera a professora.
Na Escola Anne Sullivan (APAE), a situação não é diferente. Com 411 alunos, dos quais 98% dependem do transporte escolar, as salas de aulas e de outras atividades oferecidas pela entidade estão praticamente vazias.
“Há alguns pais que podem trazer os filhos, outros se utilizam do transporte coletivo urbano, mas a maioria não está tendo condições de vir pela falta do transporte escolar”, diz a diretora Raquel Benvenutti Marcondes. No interior do município a situação se agrava com a precariedade das estradas que estão sem manutenção há tempos e agora mais prejudicada ainda pela incidência de chuvas.

A falta do transporte escolar em Guarapuava está prejudicando quase cinco mil alunos. A justificativa dada pela Prefeitura é de que os veículos licitados ainda estão sendo vistoriados. Provocado por pais e diretores, o Ministério Público intimou o prefeito Fernando Ribas Carli e deu um prazo de 10 dias para que uma explicação convincente justifique esse atraso.