*Reportagem com vídeo.
O primeiro dia da rodada de negócios na Expo Dubai ficou reservado ao mercado de madeira, papel e celulose. Além do agronegócio e da indústria de alimentos e bebidas. Já amanhã (12) será a vez das áreas de ‘wellness’, tecnologia, infraestrutura e indústria automotiva.
No entanto, hoje (11) o desenvolvimento sustentável foi destaque do painel sobre o segmento de madeira, papel e celulose. Conforme a programação, o empresário de Guarapuava, dono da Repinho Reflorestadora, Odacir Antonelli, falou sobre o empreendimento. Todavia, ele dividiu o painel com diretores da Klabin, Francisco César Razzolini e Flávio Deganutti. As duas empresas mostraram como é possível crescer e se tornar referência no mercado mundial, priorizando a proteção ambiental e as práticas sustentáveis.
De acordo com Antonelli, a Repinho Reflorestadora, terceira maior empresa de compensados do País, é economicamente autossuficiente em matéria-prima. As reservas florestais são preservadas.
Mantemos árvores de até 60 anos de idade e incentivamos o plantio para preservar a mata nativa e as nascentes. O reflorestamento para a Repinho é ouro verde.
Conforme o empresário, responsabilidade social e educação são outras preocupações do grupo. Atualmente são 19 empresas, além de um parque tecnológico, dedicado à inovação. “
Além de investir na formação dos funcionários, acompanhamos a vida escolar de 700 crianças de 2 a 8 anos de idade e estabelecemos parcerias com universidades para a formação de jovens.
Já a Klabin, instalada no Paraná desde 1934, tem como foco produtos florestais renováveis, recicláveis e biodegradáveis. De acordo com Razzolini, toda a gestão da empresa está orientada para o desenvolvimento sustentável. “Possuímos a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil, com 250 mil hectares. Além disso, 43% das nossas áreas florestais são preservadas e realizamos o manejo florestal em mosaico”. Ou seja, intermediando florestas plantadas com florestas nativas. Além disso, formando corredores ecológicos que preservam nascentes e protegem 822 espécies de fauna e 1,9 mil espécies de flora”.
Conforme Razzolini, a empresa tem uma capacidade de produção anual de 2,1 milhões de toneladas papel e 1,6 milhão de toneladas de celulose de mercado. De acordo com o empresário, grande parte dessa produção vai para a fabricação de embalagens para alimentos, como frutas, verduras, proteína animal e líquidos.
COOPERATIVISMO
O segundo painel, mediado pelo secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento Norberto Ortigara, abordou o segmento de alimentos e bebidas. O presidente da Agrária Jorge Karl, se juntou a Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, representando o Sistema Ocepar; e Walter Andrei, da C. Vale.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, o tema central foi a força e a importância do cooperativismo para o desenvolvimento do Estado. Conforme Lourenço, 60% de toda a matéria-prima produzida pelo Paraná passa pelo sistema cooperativo. “O Estado conta com o melhor cooperativismo do Brasil. Isso porque ele se baseia nas pequenas propriedades, que por conta própria não conseguem comprar e vender”.
A sustentabilidade foi outro tema de destaque entre os convidados. Karl lembrou que o Paraná é pioneiro no plantio direto, que reduz os custos de produção, aumenta a estabilidade do solo e evita o uso massivo de herbicidas e inseticidas.
As cooperativas paranaenses possuem todas as certificações e o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem capacidade de crescimento na produção de alimentos sem precisar de grandes áreas. Nossa agricultura é competitiva porque temos escala, território e produzimos o ano inteiro. E vamos aumentar a nossa produção sem derrubar nenhuma árvore.
RESULTADOS
Ao final do primeiro dia, o governador Ratinho Junior fez um balanço sobre os assuntos e as perspectivas do futuro. “Foi um dia muito produtivo. Deu oportunidade para que as empresas se apresentassem aos investidores. E também ouvissem o que precisam para ampliar o comércio com essa região. Tivemos comitivas da Jordânia, Turquia e do Egito, grupos empresariais que querem comprar do Paraná. E todos esses investimentos que estão sendo discutidos geram empregos lá na ponta. É a produtividade do Paraná sendo exportada”.
*Continue acompanhando a missão paranaense em Dubai pelo Portal RSN em parceria com o Cilla Tech Park. Confirma o vídeo com flashes, enviado pelo empresário Vilson Dubena.
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