A defesa de Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares e Osvaldo Marcineiro protocolou nessa segunda (6,) um pedido de revisão criminal das condenações dos três pela morte do menino Evandro Ramos Caetano em 1992, em Guaratuba, no Litoral do Paraná.
De acordo com o documento, um laudo atesta a veracidade das gravações que apontam que houve tortura dos então suspeitos durante a investigação, na década de 1990, para que eles confessassem o crime. Assim, as gravações são do podcast Projeto Humanos, que contou a história do caso conhecido como “As bruxas de Guaratuba”. Os áudios completos mostram os acusados recebendo instruções para confessar os crimes e se tornaram públicos em 2020.
Desse modo, a defesa alega que durante os julgamentos da condenação dos três, as gravações com as confissões foram apresentadas editadas. De acordo com o pedido, as provas são ilícitas já que resultaram de tortura e influenciaram o restante do processo. Conforme a defesa, nas gravações é possível ouvir pedidos de socorro dos investigados, coação e ameaças por parte de torturadores.
Porém, após cinco julgamentos, Beatriz Abagge recebeu a condenação de 21 anos de prisão. Já os pais de santo Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos Soares receberam a pena de 20 e 18 anos, respectivamente.
NOVO PEDIDO
Agora, os advogados pedem a absolvição de Beatriz, Davi e Marcineiro. Incluindo também, a anulação dos processos e o pagamento de uma indenização aos três. Além disso, o pedido de revisão contém um laudo de um perito contratado pelos advogados que diz que os áudios são autênticos.
Inclusive, o documento também apresenta um parecer psicopatológico que aponta que houve tortura. Por fim, Tribunal de Justiça do Paraná precisa analisar o recurso e decidir se acata ou nega o pedido.
(*Com informações do Portal G1 e Uol)
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