22/08/2023
Educação

Servidores do Campus da UTFPR não aderem à greve estadual

O campus da Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) em Guarapuava está em atividade normal. Os dois técnicos administrativos que trabalham na unidade não aderiram à greve estadual que começou ontem, segunda-feira (28), principalmente no Hospital das Clínicas em Curitiba, e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A greve é por tempo indeterminado. De acordo com Belmiro Marcos Beloni, do campus de Guarapuava, os servidores reivindicam reposição salarial. “ Eu não aderi à greve, pois não me sinto contemplado na pauta de reinvidicações.  Apoio a causa, mas não me comprometo com a paralisação visto que a Fasubra Nacional, optou pela reabertura das negociações com governo", afirmou.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), os funcionários tem uma pauta de reivindicação que pedem três prioridades: a derrubada da Medida Provisória (MP) 520/2010, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S/A (EBSERH); a campanha contra o Projeto de Lei 549/2009 (que prevê que, até 2019, a despesa com pessoal e encargos sociais da União não exceda o valor liquidado no ano anterior); e a campanha salarial. A categoria exige um piso
Que passam do atual 1,8 salário mínimo para três salários mínimos. “Somos o pior salário do funcionalismo público e não nos comparamos com o Judiciário. Cargos na Fundação Nacional do Índio [Funai] de nível médio pagam mais do que um funcionário com curso superior que atua em laboratórios da UFPR”, diz o diretor do sindicato, Bernardo Pilotto.
A respeito da Medida Provisória 520, o Sindicato entende que haverá uma “privatização” dos serviços de saúde. “Não há explícito em nenhum artigo, mas a medida, junto com as declarações dos ministérios da Saúde e da Educação, nos leva a crer que o Sistema Único de Saúde será afetado para a criação de vagas para convênios”, diz Pilotto. Para tentar sensibilizar lideranças políticas e barrar a MP, o Sinditest está mobilizando movimentos estudantis e entidades de saúde para que a votação seja contrária no Congresso.

Cristina Esteche

Jornalista

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