Luciana e Lemos pedem urgência para obras de recuperação e construção de escolas

Os deputados estaduais Luciana Rafagnin – líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa – e Professor Lemos (PT) se reuniram nesta terça-feira (6) com o superintendente de Desenvolvimento Educacional do Paraná, Jaime Sunye Neto, para pedir urgência às obras de recuperação e construção de escolas que estão atendendo alunos em condições precárias de aprendizado. É o caso dos colégios Chico Mendes, Olga Benário e Construindo Novos Caminhos, que ficam no assentamento Celso Furtado em Quedas do Iguaçu, da escola Fazenda Velha em Araucária, do colégio Cristo Redentor em Nova Prata do Iguaçu e da escola do assentamento 8 de Abril em Jardim Alegre. “Essas escolas estão na UTI”, afirmou a deputada Luciana, que desde 2007 acompanha o drama dos estudantes e professores do assentamento Celso Furtado, o maior da América Latina, onde vivem 1.100 famílias.
Uma distância média de 25 Km separa essas três escolas. O Chico Mendes já passou por várias licitações do governo do estado e a última, em 2010, foi vencida pela empreiteira Arsenal de Saudades do Iguaçu. A obra está avaliada em R$ 3,1 milhões e está na previsão dos restos a pagar do governo passado, aguardando passar o período da moratória de 90 dias, segundo informações da SUDE. Mas os demais não têm quaisquer perspectivas até o momento de serem contemplados. Sunye disse aos deputados que o orçamento do órgão para 2011 é de R$ 96 milhões. Destes, cerca de R$ 36 milhões já estariam comprometidos e restariam aproximadamente R$ 60 milhões para os novos projetos.
Além das obras, a escola Olga Benário necessita de um poço artesiano. Hoje, um caminhão-pipa da prefeitura municipal é que faz o abastecimento de água para as três escolas do assentamento Celso Furtado. “A gente se acostumou a relacionar imagem de caminhão-pipa nas comunidades do interior a cenas da seca no Nordeste, mas a situação não é diferente em Quedas do Iguaçu”, disse Lemos. A deputada Luciana lembrou ao superintendente da SUDE que a requisição do poço artesiano esbarra no entendimento entre a Sanepar e o Incra. “Já existe convênio assinado e que prevê esse tipo de ação, mas por se tratar de assentamento, a empresa paranaense transfere a responsabilidade para o órgão federal e não repassa sua contrapartida na obra”, disse Luciana.
Participaram da reunião na SUDE ainda os vereadores Silvano Ribeiro e Claudemir Torrente Lima, ambos do PT, professores, pais e diretores das escolas. A situação é calamitosa também em escola que têm parte de sua estrutura física interditada, como acontece na Fazenda Velha, de Araucária. Parte da escola está interditada e as crianças de quatro turmas foram transferidas para um pavilhão de igreja e parte está em obra de reforma que se arrasta há anos. “Todos os anos temos ouvido que essas obras são prioritárias, mas não avançam”, disse um professor indignado com a situação. O processo licitatório foi arquivado na Secretaria de Obras. O superintendente Sunye pediu mais tempo e paciência e disse que vai ver um a um dos casos e identificar onde estão esses processos.