De volta à Assembleia Legislativa para poder se candidatar neste ano, o ex-chefe da Casa Civil Guto Silva (PSD) confirmou o que vinha sendo acenado. De acordo com o parlamentar ele é pré-candidato ao Senado. O anúncio ocorreu durante entrevista nessa quinta (13). Ele retomou as funções legislativas após três anos à frente da Casa Civil do Governo. Com o retorno de Guto ao Poder Legislativo, o deputado Ademir Bier (PSD) deixa o cargo. Ele ocupava a vaga desde abril do ano passado.
No entanto, a antecipação da saída da Casa Civil soa como estratégia para a reeleição do governador Ratinho Junior. Isso porque, com a permanência de Guto na pasta, ficaria difícil o contato com outros pré-candidatos a deputado. Dessa forma, o então secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedu), João Carlos Ortega, que não é candidato, assumiu a secretaria política.
Guto Silva, todavia, disse que decidiu não cumprir o prazo de desincompatibilização, previsto para março. Conforme o anúncio, é para construir novos projetos em prol do Paraná. Além de poder ampliar os debates em torno da candidatura ao Senado. “Essa antecipação do retorno à Assembleia é justamente para ter mais liberdade para intensificar essa articulação da candidatura para senador. É mais confortável para mim e também para o governador. Além disso, terei mais tempo para percorrer o estado. Buscar novas propostas e projetos que pretendo defender nessa trajetória”.
E ALVARO DIAS?
Mas a decisão do parlamentar de trocar Curitiba por Brasília, leva a outra reflexão. O que vinha sendo dito que o governador apoiaria a reeleição de Álvaro Dias (Podemos) deve não se repetir. Afinal, Guto Silva é do partido liderado pelo governador, como poderia Ratinho Junior dar palanque a um concorrente? Outro peso é a incoerência dessa parceria. Ratinho Junior nunca escondeu o apoio ao Presidente Bolsonaro. Enquanto Álvaro Dias é um senador que atua de forma combativa ao modelo do atual presidente.
Já Guto Silva disse que está muito decidido em relação à candidatura federal. No entendimento do parlamentar é necessário oferecer alternativas ao eleitor paranaense em relação à próxima vaga no Congresso. “Estou com convicção que o Paraná precisa ter uma voz mais contundente no Senado. O Estado que manda R$ 60 bilhões para União e que tem o retorno de apenas R$ 20 bilhões precisa por o dedo em feridas históricas”.
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