Os produtores de uva do Paraná já trabalham na colheita da fruta, cuja atividade se estende de janeiro a março, dependendo da Região e da forma de cultivar. O Estado é o sexto maior produtor nacional dessa que é a quinta fruta mais produzida no mundo.
De acordo com a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), das Nações Unidas, as uvas participaram com 8% das 968,9 milhões de toneladas de frutas colhidas em 2019. Elas cobriram 6,9 milhões de hectares distribuídos em 91 países e renderam 77,1 milhões de toneladas. Na liderança aparece a China, com 10,8% da safra mundial, seguida da Itália (10,2%) e Estados Unidos (8,1%).
Na 15ª posição, o Brasil foi responsável por 1,4 milhão de toneladas, o que corresponde a 1,9% da produção mundial, colhidas em 73,7 mil hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional que se estendeu por 19 unidades da Federação, com 51,2% do volume. É seguido por Pernambuco (24,4%) e São Paulo (10,4%).
NO PARANÁ
Conforme a Agência Estadual de Notícias, na sexta posição, o Paraná colheu 53,2 mil toneladas de uvas em 3,6 mil hectares em 2020, o que representa 3,8% da produção brasileira. Entre 2011 e o ano passado, influenciado pelo reposicionamento da viticultura de mesa no País, o Paraná observou redução de 41,5% na área plantada e de 49,3% em volumes colhidos.
Mas as uvas rústicas, destinadas à transformação agroindustrial, foram responsáveis por 39,9% do volume em 2021, o que aponta para novo posicionamento no Estado.
As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) tiveram 14,4 mil toneladas de uvas vendidas no ano passado, com preço médio de R$ 6,63 o quilo, alavancando movimentação financeira de R$ 95,4 milhões. Já os produtores paranaenses de uva fina de mesa receberam, na média anual, R$ 5,89 pelo quilo. Do volume comercializado, 33,5% são do Paraná e 30,2%, de São Paulo.
MANDIOCA E MILHO
O documento do Deral registra, ainda, a previsão de colheita de mais de 2,9 milhões de toneladas de mandioca em 131 mil hectares do território paranaense. Assim, isso representa queda de 3% em relação ao que foi colhido no ano passado.
Há análise sobre o comportamento da cultura do milho de primeira safra que, de modo geral, está em situação crítica devido à estiagem. As condições climáticas não favoráveis atrapalham igualmente o início do plantio da segunda safra, que está bastante tímido.
SOJA E TRIGO
Os produtores de soja do Paraná começaram a colheita da safra 2021/22 nesta semana. Com 2% da área já colhida, as condições gerais de campo mostram piora significativa, o que vai refletir em menor produtividade.
De acordo com o boletim agropecuário, a extensão a ser ocupada pelo trigo ainda é incerta no Estado. Entre as razões está um possível aumento de área do milho safrinha, devido ao preço mais atraente ou antecipação na colheita da soja.
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