22/08/2023
Cotidiano Segurança

Cuidados contra afogamentos em rios não devem ser deixados de lado

Apesar de rios terem uma condição menos agitada, 54% dos afogamentos registrados no Brasil ocorrem nessas Regiões

Verão Paraná 2016/2017 Entevista sobre Cabeça d'agua e afogam

Conforme o Corpo de Bombeiros, também devem ser tomados cuidados contra afogamentos nos rios (Foto: Cabo Osmar Lopes)

Com a chegada do verão e da temporada de férias, muitas pessoas preferem as águas de um rio ou cachoeiras para aproveitar o calor. No entanto os os cuidados não podem ser deixados de lado devido os afogamentos. Conforme a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), apesar de rios terem uma condição menos agitada, 54% dos afogamentos registrados no Brasil ocorrem nessas Regiões.

De acordo com a porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitã Keyla Karas, a correnteza dos rios, associada à turbidez da água oferece risco inerente aos banhistas. Assim como a irregularidade do solo.

Esses fatores acabam ocasionando acidentes porque a pessoa, além de cair em um local onde ela não consegue se manter em pé, ainda tem a força da água que pode predispor ainda mais uma situação de afogamento.

Os cuidados se repetem nas cachoeiras. Segundo a porta-voz do Corpo de Bombeiros no Verão Paraná na Costa Leste, tenente Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, as pessoas podem frequentar esses locais. Contudo, devem tomar cuidado, já que não há proteção frequente por guarda-vidas.

Existem alguns cuidados que as pessoas podem adotar para evitar acidentes. O primeiro é conhecer a Região, pois geralmente são terrenos acidentados, não protegidos constantemente e podem ocasionar acidentes. As pessoas também não devem pular da água usando pedras para saltar, pois não conhecem o fundo da água e podem sofrer alguma lesão. Além disso, mesmo que a pessoa saiba nadar o local pode ser muito perigoso devido a profundidade e outras características.

CABEÇA D’ÁGUA

Para quem gosta de rios próximos às Regiões de serra, além de todos os cuidados é preciso estar sempre alerta às cabeças d’água. Esses são fenômenos naturais provocados por chuvas volumosas no alto das montanhas, onde estão as nascentes.

Keyla explica que essas chuvas, na maioria das vezes, caem muito distante de onde estão os banhistas. Assim as ‘cabeças d’água’ chegam sem que haja tempo de alerta das autoridades. “Elas oferecem risco pela força com que descem a correnteza, e que acabam levando as pessoas. Como o volume aumenta de repente, na maioria das vezes a pessoa não consegue se salvar”.

Dessa forma, para quem não conhece Regiões onde esse fenômeno ocorre, é preciso estar atento. Prestar atenção na mudança repentina da cor da água, o aumento de folhagens e galhos descendo pela correnteza. Além de barulhos causados pelo aumento repentino no nível do rio nas áreas mais altas das serras.

Por fim, se identificada alguma dessas condições, o banhista deve sair da água imediatamente. Já no caso de presenciar uma situação de afogamento, o cidadão deve seguir as recomendações do Corpo de Bombeiros.

A orientação é que ninguém tente realizar o salvamento sozinho. Temos inúmeras situações de pessoas que tentam salvar alguém que está se afogando e acabam se tornando outra vítima. O correto é que se disponibilize algum material flutuante para pessoa que está em perigo. Como uma boia, uma garrafa plástica, ou algo que a mantenha na superfície. Assim como acionar o mais rapidamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.