22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Ali em Entre Rios, eles assam uma costela que é de dar ‘água na boca’

Em Entre Rios, no Dia de Campo de Verão, o aroma da carne convida para conhecer os três churrasqueiros que são apaixonados pela arte de assar

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Em Entre Rios tem costela e chope (Foto: Lucas Rodrigues/RSN)

Qual é o segredo para assar uma costela saborosa, aquela que só de sentir o aroma já dá água na boca? E se existe um, ou melhor, três especialistas, eles estão no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Durante o Dia de Campo de Verão da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), que acaba nesta quinta (17), o fogo começou a crepitar por volta das 6h.

Quando o brasido estava pronto, as peças de costelas foram para o fogo. De acordo com Elizeu Schurtz, um dos três assadores do restaurante no Dia de Campo, a carne foi levada à brasa às 7h. “Pra ficar pronta na hora do almoço”.

Riciere, Schurtz e Alemão (Foto: Lucas Rodrigues/RSN)

Conforme Vardoli Schimidt – o ‘Alemão’ -, nos dias do evento cerca de mil quilos de costelas bovinos e suínas foram às mesas. Embora com os olhos vermelhos por causa da fumaça, no entanto, eles estão atentos a tudo. Afinal, nada pode passar do ponto. “A carne precisa estar bem macia, saborosa e o couro pururuca, no caso da costela suína”.

Correndo de um lado a outro, entre as fileiras da carne sobre o fogo, Riciere Checheli, diz que não acostuma com a fumaça. “Irrita os olhos, a roupa fica com cheiro. Não tem como acostumar”, diz enquanto se abana.

O MELHOR TEMPERO

Schurtz, assador há 10 anos (Foto: Lucas Rodrigues/RSN)

Se os três se mostram apaixonados pelo que fazem, Schurtz se mostra o mais empolgado. “Asso há mais de 10 anos”. Conforme ele contou ao Portal RSN, a atividade começou por acaso. “Meu compadre, que é dono do restaurante ali no Danúbio, furou um dos olhos. Eu comecei a ajudá-lo e nunca mais saí”.

E o que era um ‘bico’ nos fins de semana, passou a ser diário. E agora, ele que é motorista, fez uma escolha. “Estou cumprindo os 30 dias na firma”. Ou seja, o ‘passatempo’ passa a ser a atividade principal. “De agora em diante passo a assador. E faço de tudo. Faço grelha, espeto, a la carte. E com muito chope”.

De acordo com Schurtz, o segredo para esse sucesso começa na escolha da carne. “Tem que ser de boa qualidade”. Depois, segundo ele, vem o tempero. E nesse item o ingrediente principal é o “amor aquilo que se faz”. E quando tudo está para ser servido vem o que move o assador. “É a satisfação do cliente”. Quando isso ocorre, e é sempre, até a fumaça torna-se colírio.

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Cristina Esteche

Jornalista

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