22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Segurança

Inquérito investiga declarações de policiais militares feitas em abril

Os 32 policiais investigados publicaram comentários em um grupo de WhatsApp após a confirmação da morte do cabo Ricieri Chagas

batalhão

Conforme as informações a abertura do Inquérito Policial Militar (IPM) ocorreu em junho (Foto: Gilson Boschiero/RSN)

Críticas ao ex-comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava motivaram a investigação contra 32 policiais. Eles publicaram comentários em um grupo de WhatsApp após a confirmação da morte do cabo Ricieri Chagas, em abril.

De acordo com as informações, em junho ocorreu a abertura do Inquérito Policial Militar (IPM) contra os policiais por desacato e desrespeito a superiores. Contudo a investigação está sob sigilo. Em uma mensagem, um dos policiais diz: “Quem fala que existiu plano de contingência, que carregue essa cruz e se explique pra família dele”.

Já outro soldado comenta: “No velório, ‘vai tá’ cheio dos que sabiam e nada fizeram”. Além disso, os participantes do grupo criticam o então comando do 16º Batalhão.

Quando começou esses ‘bizus’ de ataques a banco aqui na cidade, o ‘comando’ que caiu, se realmente fosse comandante, tinha traçado planos e estratégias. Isso é o mínimo que esperamos. Tinha que ter buscado mais recursos para dar o mínimo de resposta.

Conforme as investigações, parte das mensagens fazem referência ao tenente-coronel Joas Lins. Na época ele era comandante do 16º BPM. Entretanto depois dos ataques, o alto escalão da PM transferiu o tenente-coronel para o 4º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), em Ponta Grossa. Na época, o comando da PM não explicou o motivo da mudança.

GRUPO

Segundo o documento que revela parte da investigação, o grupo em que ocorreram as trocas de mensagens era usado para a comunicação entre os policiais que trabalham em Guarapuava e Região. O advogado dos PM’s investigados, Zilmo Girotto, disse que dessa terça (12) até quinta (14), os policiais estão sendo ouvidos.

PERSEGUIÇÃO?

A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) informou que não há perseguição aos policiais por parte do comando da corporação. No entanto, o presidente da Associação dos Praças Unidos, Cabo Carlos Souza, afirmou que a entidade estava prestando serviço de assessoria jurídica aos policiais indiciados.

Na avaliação da associação, a abertura de procedimento foi exagerada.

Tem que levar em consideração o nervosismo, a emoção, tudo que o policial estava sentido na hora de perder um companheiro… são vários os fatores. Temos que olhar pra eles como heróis, e não como bandidos.

Por fim, o inquérito Policial Militar apura crimes previstos nos artigos 160, 298, 299 e 300 do Código Penal Militar. Relacionados principalmente à prática de desrespeito a superior e desacato.

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Antunes

Jornalista

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