A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito sobre a morte do guarda municipal Marcelo Arruda em apenas cinco dias. Assim sendo, nesta sexta (15), o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho acabou indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas.
De acordo com a delegada Camila Cecconello, descarta-se a motivação política do crime. Marcelo, de 50 anos, foi assassinado a tiros quando festejava o aniversário com familiares e amigos, em Foz do Iguaçu, no sábado (9). O tema da festa era o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT).
No entanto, embora a investigação tenha concluído que o atirador se dirigiu ao local por motivação política, a Polícia Civil entende não haver provas suficientes para constatar que houve crime de ódio. Conforme o entendimento, o bolsonarista quis “provocar” os convidados.
Segundo os depoimentos, que é o que temos nos autos, ele [Guaranho] voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois.
Essa versão, todavia, teve contestação do advogado da família da vítima, Ian Vargas. “A defesa da vítima reafirma que a motivação do crime foi intolerância política. Agora aguardaremos a posição do Ministério Público”. Os advogados que defendem o criminoso ainda não se manifestaram sobre a conclusão do inquérito.
Durante a entrevista coletiva, a delegada disse também que estão sendo investigadas as agressões cometidas contra o assassino. De acordo com a imprensa internacional, o crime teve repercussão em jornais da Argentina, Espanha, Alemanha e Estados Unidos.
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