O laudo da Polícia Científica do Paraná identificou pelo menos 13 tiros disparados durante o confronto entre o guarda municipal Marcelo Arruda e o agente penal federal Jorge Guaranho. O assassinato ocorreu na festa de aniversário dele, em Foz do Iguaçu.
Conforme as informações, o documento descartou que o petista tenha atirado pedras contra o carro de Guaranho, como constava no depoimento à polícia da mulher do agente penal. Assim, o laudo de 32 páginas, afirma que havia 13 estojos de arma calibre 38, além de um estojo de arma calibre 40, encontradas na Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física (Aresf), o local da festa. No entanto, a Polícia Científica não identificou quais cartuchos Guaranho utilizou e quais Arruda teria disparado no confronto.
CASO
Arruda morreu no último dia 9, quando celebrava 50 anos em uma festa temática do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual no Paraná (MP-PR), o agente penal, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve acesso a imagens de câmeras de segurança da associação e se deslocou até a Aresf. No local ele parou o carro em frente ao salão, com o som alto e uma música que exaltava o presidente.
Conforme as testemunhas, ele ainda começou a gritar “mito”, “aqui é Bolsonaro” e iniciou uma discussão com Arruda. Porém, eles não se conheciam. Em seguida, o guarda municipal atirou terra em Guaranho, que estava no veículo com a mulher e o filho de três meses.
Por isso, o laudo da Polícia Científica cita ter encontrado ‘sujidades’ no banco dianteiro esquerdo e direito, no assoalho. Como também na coluna de direção, no painel, no difusor de ar lateral esquerdo, console da porta dianteira direita e na região esquerda do banco traseiro.
DEPOIMENTO
Dessa forma, o documento contraria o depoimento da mulher de Guaranho. Isso porque ela afirmou que o marido havia sido atingido por pedras quando saía do local. E depois ele a deixou em casa e voltou para a Aresf, onde já chegou atirando. Conforme a mulher de Guaranho, ele teria se sentido ‘humilhado’.
Após Guaranho efetuar disparos, Arruda revidou e, mesmo ferido, atingiu o agente penal com quatro tiros. Sendo assim, na semana passada, a Justiça aceitou a denúncia e tornou o agente penal réu, por homicídio duplamente qualificado.
Além disso, O MP-PR apontou diferenças político-partidárias como motivador do ataque contra o petista. Para a Promotoria, a morte de Arruda ocorreu por motivo fútil. A outra qualificadora foi colocar a vida de mais pessoas em risco.
No entanto, o agente penal está internado em um leito de enfermaria do Hospital Costa Cavalcanti, após deixar a UTI. Assim, ele está sob custódia policial, pois teve a prisão preventiva decretada. Ele está consciente e a Justiça o intimou sobre a denúncia acatada pela 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, tornando-o réu no caso.
(*Com informações do Portal Cabeza News)
Leia outras notícias no Portal RSN.