22/08/2023

Lucas Giorno e a sensibilidade para a exposição ‘Primitivo e Divino’

A exposição fica em cartaz até o fim do mês de agosto no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro

Lucas Giorno (Imagem: Reprodução/Instagram)

Lucas Giorno Eberhardt é um artista, historiador e pastor guarapuavano. Ele conta que começou a se interessar pela arte ainda na infância, especialmente pelos desenhos. “Quando era pequeno, nunca largava o caderninho de desenho e o lápis”.

Comecei a pintar em tela com uns 12 anos e até os 16 eu desenhava muito. Só que aí é aquele negócio, a gente vai decidindo carreira, fazendo faculdade, trabalhando e algumas coisas você não tem aquele filtro, né? Para as tuas paixões, saber o que está em ordem de prioridade. Então esse lado artístico ficou meio adormecido.

Lucas diz que depois disso passou a desenhar pouco, ainda mais por ter a casa, a esposa e os filhos. “Mas é aquela aquela coisa que sempre fica com você. Eu sempre tive essa sensibilidade, sempre gostei muito de cinema”.

PROCESSOS

Quando o artista estava na adolescência, gostava de desenhar rostos, heróis e com o tempo passou a se expressar por meio do desenho. Mais precisamente quando voltou a desenhar após muito tempo. “Aí eu tive uma liberdade maior, fui explorando o uso das tintas nas telas e me expressando por meio daquilo”.

Hoje, a exposição “Primitivo e Divino” que está ocorrendo no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro, representa para Lucas o processo de entender a arte e se entender como artista.

“O que eu acredito, o que eu vivo, as minhas experiências de vida. Algumas coisas estão alinhadas até com a minha formação acadêmica e é isso que eu me interesso em produzir hoje, mais voltado para o sentimento, para as impressões que eu tenho, para expressar aquilo que você acredita que você vive”.

E isso é algo que ele busca muito forte em si mesmo, principalmente por ter esse lado religioso despertado e ser pastor. “As pessoas acham que conhecem Deus porque elas passam pela formatação de alguma religião, alguma igreja e mesmo eu sendo pastor isso é uma coisa tão pequena, né?”.

Aí eu vejo essa conexão do divino, do Deus que deseja estar habitando dentro de nós, que deseja viver uma relação com a gente, não distante, né? Não através de regras, formatos, mas que a gente possa buscar conhecer e entender ele. Aquilo que eu sinto, a minha história está sempre relacionada a isso.

Além disso, o processo de criação das obras de Lucas é bastante sensível. “Eu tenho aquele sentimento, sabe, algumas vezes durante a semana eu leio ou ouço alguma música e aquilo ali me dá uma uma certa inspiração, uma vontade de pintar e aí o quadro surge”.

EXPOSIÇÃO

“Primitivo e Divino” surgiu e se tornou uma exposição de obras abstratas e expressivas. Dessa forma, Lucas trabalha buscando estar livre de formas e padrões. Assim, a produção busca fomento de eventos históricos, relações intrapessoais e o encontro dele com a espiritualidade, como citado acima.

Exposição ‘Primitivo e Divino’ (Imagem: Reprodução/Instagram)

Por fim, a exposição fica em cartaz até o fim do mês de agosto no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro, que funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h e a entrada é gratuita.

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Jornalista

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