22/08/2023
Guarapuava Segurança

Balanço indica prisão de 24 pessoas envolvidas em domínio de cidades

Polícias do Paraná efetuaram as prisões e apreenderam 17 armas da organização criminosa. Dentre as prisões, 17 ocorreram nesta terça (20)

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Balanço divulgado indica prisão de 24 pessoas envolvidas em domínio de cidades (Foto: Polícia Civil)

As polícias Civil, Militar e Científica do Paraná prenderam 24 pessoas e apreenderam 17 armas de diversos calibres. As ações referem-se a uma organização criminosa envolvida em tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava, ocorrida em abril deste ano.

Dentre as prisões, 17 ocorreram na manhã desta terça (20). Além disso, três homens acabaram mortos hoje e sete armas de diversos calibres e 331 munições apreendidas. Dessa forma, as outras sete prisões ocorreram anteriormente e já houveram cinco pessoas, suspeitas de envolvimento no caso, mortas nas operações.

Conforme as informações, participaram do cumprimento de ordens judiciais, mais de 700 policiais do Paraná, além de representantes das polícias civil e militar do Estado de São Paulo. A operação ocorreu de forma simultânea em Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara, no Paraná.

Bem como em São Paulo, Piracicaba, Hortolândia, Embu-Guaçu, Campinas, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo e Barra Velha, em Santa Catarina.

INVESTIGAÇÕES

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), as polícias do Paraná identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações de alta complexidade. Durante as diligências, foi apurado que os criminosos se uniam para concretizar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado.

Os indivíduos, de diversos estados do país, possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro e outros. Durante as investigações, verificou-se que os criminosos utilizavam as quantias roubadas para comprar itens de luxo, viagens, procedimentos estéticos e ostentar riqueza nas redes sociais.

Conforme apurado, a organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná. Assim como Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina; Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.

Assim, segundo a Sesp, nos últimos cinco meses, as polícias do Paraná trabalharam de forma intensa, identificando os principais integrantes da organização criminosa. A investigação auxilia ainda na troca de informações com as polícias de outros estados do país.

CRIME

A ação dos criminosos aconteceu entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano, em Guarapuava. Na ocasião, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, não tiveram sucesso no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.

Durante a ação, os indivíduos atearam fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16 º Batalhão da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação policial. Além disso, eles abandonaram sete carros.

Os criminosos estavam equipados com veículos blindados e armamento pesado como fuzis calibres ponto 762, ponto 556. Inclusive ponto 50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea.

Além disso, possuíam mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos. Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares. Na ocasião, dois policiais foram baleados, sendo que o Sargento Ricieri Chagas morreu em combate.

Os indivíduos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão. Além de porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.

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Antunes

Jornalista

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