22/08/2023

As inovações tecnológicas trazidas por cinco categorias do automobilismo mundial

Principal categoria do automobilismo no mundo, a F1 é também a que mais contribui com a indústria do automobilismo

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(Foto: Reprodução/Unsplash)

Das pistas de corrida para as ruas e estradas. Muito mais do que uma competição entre carros, o automobilismo é um verdadeiro laboratório de desenvolvimento de novas tecnologias para serem empregadas nos automóveis de passeio. Ao longo da história, foram várias as soluções criadas em diferentes campeonatos que acabaram se tornando itens fundamentais para o desempenho e segurança dos veículos convencionais.

Nesse cenário, modalidades como a Fórmula 1, Fórmula E, Rally dos Sertões, Stock Car e Fórmula Indy já foram responsáveis por apresentar uma porção de recursos para freios, motores, direção, navegação, peças e acessórios que revolucionaram o mercado automobilístico em todo o planeta.

Fórmula 1

Principal categoria do automobilismo no mundo, a F1 é também a que mais contribui com a indústria. Em seus 72 anos de história, foi responsável por criar e aprimorar o sistema de freios a disco e ABS, câmbio automatizado, controle de tração, volante multifuncional, paddle shift (marcha borboleta no volante), freio a disco e a recuperação de energia cinética (KERS).

Visando a temporada de 2026, um novo regulamento de motores trará uma mudança importante para as equipes e os propulsores deverão ter uma participação muito maior de energia elétrica. Com a saída do atual sistema MGU-H, considerado caro e complexo, entrará em cena o MGU-K, que promete mais potência e armazenamento de carga. Além disso, serão usados combustíveis 100% sustentáveis, de modo a acompanhar as necessidades ambientais.

Em meio a isso tudo, uma equipe que tem investido em suas próprias tecnologias é a Red Bull Racing. Num ano marcado pelo início de novas parcerias globais no cenário comercial, o time austríaco teve de lidar com uma importante baixa no campo esportivo. Com a saída da Honda (sua então fornecedora de motores) da Fórmula 1, a RBR começou o projeto de desenvolvimento de seus próprios propulsores, mas ainda com o apoio técnico da marca japonesa.

Fórmula E

A moderníssima Fórmula E é hoje a principal referência no que diz respeito a motores elétricos. Nascida em 2014, a categoria se tornou um verdadeiro laboratório de inovações no campo de carros EV, cada vez mais consolidados no mercado, e já atraiu as principais montadoras do mundo para fazerem parte do seu campeonato, como as alemãs Mercedes, BMW, Audi e Porsche, a inglesa Jaguar, a japonesa Nissan e a indiana Mahindra.

Dentre os grandes feitos da FE em oito anos de existência, o aumento da capacidade de armazenamento das baterias se destaca. Se antes os pilotos precisavam utilizar dois carros para cumprirem os 100 km de extensão das provas, agora só necessitam de um.

Outro ponto positivo foi o desenvolvimento de matérias-primas mais resistentes para pneus junto às fabricantes, a fim de solucionar um problema de pressão lateral nas rodas, causado pela instalação da bateria no assoalho que deixa o centro de gravidade do carro muito baixo.

Rally dos Sertões – tecnologia monitora carros e pilotos

Uma das principais tecnologias utilizadas pela maior competição nacional de rally pouco tem a ver com a montagem ou desempenho do carro em si. Criada pela desenvolvedora brasileira de softwares Smart Driving Labs (SDL), essa inovação nada mais é do que uma plataforma de monitoramento de veículos capaz de coletar dados em tempo real.

O sistema analisa itens como o número de freadas, velocidade, eventuais problemas técnicos e muito mais. Com isso, organizadores e equipes podem identificar e transformar essas adversidades em redução de custos operacionais, otimização de performance e medidas de prevenção e segurança nas pistas.

Stock Car

Veículos comuns e os carros da maior categoria de automobilismo no Brasil podem ter muito mais em comum do que os olhos podem ver. Apesar de suas diferenças técnicas e aerodinâmicas, diversos itens utilizados nas pistas são também empregados nos modelos de passeio com o objetivo de proporcionar desempenho, segurança e durabilidade.

Dentre esses produtos estão soluções para máxima adesão de para-brisas, selantes para travamento de roscas e parafusos, vedantes de silicone para componentes do sistema de tubulação (flanges), lubrificantes e até mesmo utensílios de limpeza e desengraxantes de peças.

Fórmula Indy

(Foto: Reprodução/Unsplash)

O menos tecnológico dos recursos já trazidos das pistas para as ruas é talvez o mais importante e revolucionário deles: o retrovisor. Instalado em um carro de corrida pela primeira vez em 1911, na edição inaugural das 500 Milhas de Indianápolis, o espelho foi uma sacada do piloto norte-americano Ray Harroun para identificar os adversários que o seguiam.

No entanto, a primeira patente do utensílio foi obtida somente dez anos depois pelo inventor Elmer Berger. Já na década de 1940, o retrovisor finalmente se tornou peça permanente dos veículos de passeio a fim de auxiliar a condução de motoristas e evitar acidentes.

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Antunes

Jornalista

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