Um novo modelo de pedágio ao Paraná. Essa foi a pauta de duas reuniões articuladas pelo deputado Arilson Chiorato (PT) e coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) em Brasília.
Durante a semana, ele se reuniu com a equipe do governo Lula, liderada por Geraldo Alckmin (PSB) e Gleisi Hoffmann (PT). Conforme as informações, uma das reuniões ocorreu na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O professor Luiz Antônio Fayet, um dos coordenadores do estudo sobre o pedágio feito pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná, acompanhou Chiorato.
Conforme o parlamentar, a documentação elaborada com base mais de 20 audiências em Regiões paranaenses também foi entregue. Nesse estudo, conforme a Frente, pesquisadores comprovaram falhas no processo de concessão do pedágio. Entre estas, a duplicidade de obras, falta de projetos estruturais e tarifas mais caras que as atuais em pouco tempo.
De acordo com Chiorato, na semana passada, a Frente Parlamentar protocolou o pedido de suspensão de licitação para os lotes I e II. Ambos encontram-se autorizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A atual proposta prevê mais 15 praças, 35 anos de contrato e tarifas mais caras após o fim das obras.
Nessa quinta (17), em Foz do Iguaçu, o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli também defendeu a suspensão do pedágio. De acordo com parlamentar, é preciso haver uma revisão na modelagem atual, em especial na formatação de preços. “Na parte de engenharia é preciso ter ajustes em obras”.
GOVERNADOR DEFENDE CONTINUIDADE
Em entrevista coletiva em Foz do Iguaçu nessa quinta (17), o governador Ratinho Junior defendeu a continuidade do processo de concessão de rodovias no Estado. “Concessões de rodovias são muito importantes para o Paraná. São mais de três mil quilômetros que precisam ser concedidos para que haja uma ampliação da capacidade de carga, sendo 70% de rodovias federais e 30%, estaduais”.
Conforme disse o governador, trata-se de um “projeto robusto” para consolidar o Paraná como central logística da América do Sul.
“O modelo que construímos com o Ministério da Infraestrutura do governo atual é o da menor tarifa. No passado, foi um assalto, porque cobraram pedágio do paranaense por 24 anos e não fizeram obras. O paranaense não quer um pedágio para tapar buraco e pintar faixa. Queremos obras, isso é o que desenvolve o Estado. Estamos abertos para buscar a melhor solução. Se o novo governo que vai assumir a partir de janeiro, tiver a mesma disposição, estamos abertos para achar uma solução. Que seja um preço justo, mas, acima de tudo, que tenha obras para a população”.
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