22/08/2023


Guarapuava Segurança

Julgamento do empresário Antonio Lima Filho é adiado pela segunda vez

Empresário está sendo julgado pela morte de Avilmar Cordeiro e pela tentativa de tirar a vida de Rogério dos Santos Penteado há cinco anos

Caso Avilmar (Foto: Arquivo/RSN)

Empresário matou Avilmar há cinco anos (Foto: Arquivo/RSN)

Um homicídio e uma tentativa de matar outra pessoa são os crimes que podem levar o empresário Antonio de Lima Filho ao banco dos réus em júri popular. O primeiro, pelo assassinato de Avilmar Cordeiro. O outro, pela tentativa de matar Rogério dos Santos Penteado, enteado da vítima. No entanto, a audiência de instrução e julgamento marcada para esta terça (6), foi adiada. Isso porque a advogada que defende o réu encontra-se internada em hospital após cirurgia, conforme atestado médico.

Assim sendo, houve a redesignação da audiência e julgamento para os dias 7 e 8 de fevereiro de 2023. No entanto, essa é a segunda vez que a defesa encontra motivo para adiar as audiências. Conforme a filha de Avilmar, Giselle Cordeiro Cardoso, a primeira vez em que a audiência foi marcada (17 de outubro), houve correição no Fórum.

A continuidade do processo, no entanto, ocorre cinco anos após os crimes. De acordo com a denúncia ofertada pelo Ministério Público, os crimes ocorreram em 8 de fevereiro de 2018. O relógio marcava 13h12, quando houve o desentendimento no Jardim das Américas. O pivô da discussão que acabou em morte foi o limite de um terreno e a construção de uma cerca. Essa área fica em anexo à empresa de Antonio Lima Filho.

Conforme o MP, que ofereceu denúncia contra o autor dos disparos, Avilmar e Rogério trabalhavam no terreno pertencente a Horacio Nicolas Vera. “Meu pai e o enteado, Rogério, cuidavam desse terreno. Tinha até uma plantação de feijão”. Entretanto, segundo Gisele Cordeiro, o dono do imóvel [Horácio] cedeu sete metros no meio do terreno, como servidão para dar acesso dos veículos de Antonio até a BR-277.

Todavia, conforme Giselle, Antonio queria mais espaço para que os veículos saíssem direto na rodovia. “Essa disputa provocou briga judicial e há vários boletins de
ocorrências registrados por Horacio contra o Toninho”.

CERCA PROVOCOU OS CRIMES

No dia em que Avilmar morreu, ele e o enteado construíam uma cerca para fechar o acesso de Antonio Lima Filho. Houve discussão e Antonio tentou derrubar a cerca utilizando uma retroescavadeira. Em seguida Antonio e Rogério entraram em luta corporal. Entretanto, o empresário disparou cinco tiros.

Conforme a denúncia do MP, o tiro fatal provocou danos pulmonares levando Avilmar à morte. Porém, a defesa sustenta a versão de que o empresário agiu em legítima defesa. Durante os dois primeiros anos de investigações, familiares de da vítima promoveram protestos.

No dia 17 de fevereiro de 2018, lembra Giselle, uma caminhada pedia justiça contra a morte do idoso, de 62 anos. “Não vamos desistir até que a justiça feita”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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