A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu um alerta às 22 Regionais de Saúde para um possível aumento de casos de febre chikungunya. O aviso feito é principalmente para as Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) enviou o informativo nesta semana, como medida de prevenção aos municípios paranaenses devido a um surto da doença no Paraguai.
Desde o início do ano, houve 5.625 casos confirmados no país vizinho, contra 37 de dengue. Além disso, cinco pessoas morreram. O elevado número de novos casos foi divulgado pelo Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, César Neves, a região de fronteira requer atenção. Isso porque existe um fluxo grande de pessoas que transitam nesse local.
Os profissionais de saúde devem ficar atentos para a possibilidade de casos de chikungunya em pessoas que estiveram no país e que podem apresentar sintomas. As ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença, são as mesmas para a dengue.
RECOMENDAÇÕES
Entre as recomendações da Sesa para os municípios, estão a notificação imediata do caso (em até 24 horas) a partir da suspeição da doença para a Secretaria Municipal de Saúde. Bem como, outras ações locais de comunicação e divulgação para a população.
Conforme a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte, a informação circula em ampla divulgação.
Existe risco de casos autóctones e surtos, por isso fizemos esse alerta. Por meio das regionais, as unidades de saúde, pronto atendimentos, hospitais e vigilância municipal já estão sendo informados dos casos, que estão ocorrendo principalmente na Região Central do Paraguai.
Além da febre chikungunya, o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de zika e da dengue.
De acordo com o último informe epidemiológico divulgado na última terça (31), o Estado tem 126 casos notificados, 73 em investigação e sete confirmações de casos, sendo cinco importados e dois ainda aguardam o resultado. Esse número corresponde ao novo período sazonal da doença, que iniciou em agosto de 2022.
SINTOMAS
Os principais sintomas da doença são febre, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro ocular, dor de garganta, calafrios, diarreia e/ou dor abdominal (principalmente em crianças).
A chikungunya pode deixar a pessoa incapacitada total ou parcialmente, por meses ou anos, por causa das dores articulares crônicas.
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