22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Plano de Saneamento e Drenagem vai virar Lei em Guarapuava

Plano mostra que cerca de 80% de áreas que alagam, com drenagem e outras exigências podem, eventualmente, ter empreendimentos seguros

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Plano é presentado pelo secretário Paulo Dirceu em audiência pública (Foto: Secom/Prefeitura de Guarapuava)

A Câmara Municipal de Vereadores vai receber em breve um projeto de lei para aprovação do Plano de Saneamento e Drenagem, em Guarapuava. Elaborado pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), trata-se de um projeto que aponta soluções para os alagamentos que atingem moradores em vários pontos da cidade. O trabalho da Funpar já pautou audiência pública em dezembro de 2022.

Embora o estudo seja muito amplo, o ‘recorte’ altera a ‘mancha’ de alagamentos apontados no Plano Diretor. De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Paulo Dirceu Rosa de Souza, são alagamentos que existem ao longo dos anos. Ele também preside o ConCidades.

O estudo feito pela Funpar mostra que em Guarapuava 80% de áreas até então consideradas alagadiças, com esta alteração, eventualmente, podem servir a loteamentos e implantação de novos empreendimentos.

Entretanto, segundo o secretário, nenhuma aprovação ocorrerá sem que as exigências previstas para empreendimentos sejam cumpridas. Uma delas é a drenagem da área. Ele observa que isso se faz necessário porque cada obra gera impacto. “Um deles, por exemplo, é o número de veículos no trânsito”.

(Imagem: Reprodução/Plano de Saneamento e Drenagem de Guarapuava)

De acordo com o Plano, entre as localidades que mais sofrem alagamentos em Guarapuava, além do Centro, há outros 10 bairros. São eles: Vila Carli, Alto Cascavel, Jordão, Vila Karen, Xarquinho, Industrial, Concórdia, Paz e Bem, Jardim das Américas e Primavera. “Essas áreas podem ou não sofrerem alterações”. Para determinar onde e o que se pode fazer, conforme Paulo Dirceu, uma comissão montada vai analisar cada caso.

Guarapuava, conforme o secretário, possui muitos vazios urbanos que precisam de ocupação. A maioria é utilizada para especulação imobiliária. “É muita área nas mãos de poucos e quando a Prefeitura precisa para investimento público a área é supervalorizada”. Portanto, deixa de cumprir a finalidade social de ocupação do solo.

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Cristina Esteche

Jornalista

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