A proposta de implantação do primeiro geoparque estadual em Prudentópolis, avançou significativamente em abril. A prefeitura atualizou o Plano Municipal de Cultura e definiu as estratégias para a área nos próximos 10 anos. Conforme a Agência Estadual de Notícias, as medidas se mostram essenciais para a consumação do território da cidade como área de interesse arqueológico.
Além disso, para a obtenção da chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). E consequentemente, a inserção da cidade na rede global dos geoparques. “A expectativa é que o reconhecimento de Prudentópolis como área de relevância geológica internacional seja oficializado em até cinco anos”.
O projeto desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT) tem parceria com as secretarias de Estado da Cultura e do Turismo e com as universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro) e da Prefeitura de Prudentópolis. De acordo com o geólogo do IAT, Gil Francisco Piekarz, apesar do nome, o termo não se refere a um parque, mas a uma área com limites bem definidos. Nesses locais há paisagens de grande relevância geológica, aliadas aos outros bens naturais e culturais da Região.
Além disso, conforme Gil Francisco, um geoparque constitui uma atração turística internacional com cunho científico por ser uma área de interesse arqueológico. Nele os visitantes e pesquisadores podem ter acesso à história da formação da Terra e das transformações ao longo dos bilhões de anos. As estratégias envolvem a conservação da natureza, a educação e a promoção do desenvolvimento econômico sustentável das comunidades locais.
TRABALHO INTEGRADO
Como forma de integrar a população ao projeto, duas oficinas já ocorreram na Região. Conforme a Agência Estadual, uma delas no geossítio Pinheiro de Pedra, exclusiva para moradores da localidade. A outra, no geossítio Salto São João, especificamente para guias de turismo.
Ademais, estão em andamento os inventários patrimoniais, ações de conservação, de divulgação e educação, com folhetos, cartilhas e painéis educativos. Atualmente existem 177 Geoparques Mundiais com o selo da Unesco em 46 países. Contudo apenas três ficam no Brasil: Geopark Araripe, no Ceará; Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte; e por fim, o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Unesco, o objetivo da ação é empoderar comunidades locais a fomentar parcerias com objetivo comum de promover o patrimônio, a cultura, a história de modo sustentável.
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