22/08/2023


Guarapuava Segurança

Júri de Alessandra pela morte de Jorge Leuch Neto começa nesta terça

Jorge morreu na madrugada de 12 de fevereiro de 2017 em acidente causado por Alessandra Vaz, que em tese dirigia em alta velocidade e alcoolizada

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Pais de Jorge Neto, Marlene e Jorge Leucher (Foto: Henrique Moss/RSN)

Após seis anos da morte trágica do jovem Jorge Leuch Neto, a família espera a condenação de Alessandra de Abreu Vaz. Ela dirigia o carro que bateu contra o veículo conduzido por Neto. Alessandra senta no bancos dos réus a partir das 9h desta terça (27), no Tribunal do Júri em Guarapuava. Nesse dia, oito testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público (MP) e pelo Juízo, e cinco de defesa contribuem para a decisão do Conselho de Sentença.

De acordo com a 1ª Vara Criminal, a juíza Susan Nataly Dayse Perez da Silva preside o julgamento. O MP será representado pela promotora Vilma Leiko Kato e o criminalista Marinaldo Rattes atua como assistente de acusação. Era a madrugada de 12 de fevereiro de 2017, por volta das 4h37, na rua Brigadeiro Rocha, Centro de Guarapuava.

Conforme os autos, Alessandra dirigia em alta velocidade e ultrapassou com o sinal de vermelho. Assim sendo, pelo laudo pericial, o velocímetro apontou mais de 130km/h. Além disso, em tese, ela estaria alcoolizada. Neto morreu na hora. A morte do jovem causou grande comoção pública e até os dias de hoje ele é lembrado pelas obras sociais na Igreja D. Bosco.

Campanha de arrecadação, torneios de futebol, celebrações religiosas marcam o período, após a morte dele. De acordo com os pais Marlene e Jorge Leuch em entrevista ao Portal RSN, a expectativa é que Alessandra seja condenada e cumpra pena em regime fechado.

Não se trata de vingança, mesmo porque a prisão não vai devolver o nosso filho. Só queremos que a Justiça feita para evitar que outros pais sintam a dor que estamos sentindo e que vai durar pelo resto das nossas vidas. A mãe dela [Alessandra] pode chegar na cadeia e levar a filha dela pra casa. O meu filho nunca mais vamos levá-lo pra casa. A nossa condenação é eterna.

De acordo com dona Marlene, no dia da tragédia, ela e o esposo encontravam-se na praia. “Minha cunhada ligou dizendo que devíamos voltar pra Guarapuava. Disse que o Neto  tinha sofrido um acidente. O Jorge ficava no celular, mas ninguém falava nada”.

Já perto de Guarapuava, Marlene acessou o WhatsApp e começou a receber mensagens de condolências. “Chegamos em casa perto das 11h e já tinha muitos parentes nos esperando. Foi o pior dia das nossas vidas”. O Portal RSN tentou contato com a defesa de Alessandra, mas até o momento não obteve retorno.

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Cristina Esteche

Jornalista

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