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“Uma briga de Davi contra Golias”, é com esta frase que o prefeito de Castro, Moacir Fadel, comemora a decisão da Cargill de construir uma fábrica de grande porte naquele município. Desde fevereiro, quando a multinacional anunciou seu plano de expansão, Guarapuava, Ponta Grossa, Castro e outras cidades no Estado travaram a batalha pelo investimento de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 350 milhões da Cargill e o restante de seis empresas satélites atraídas pela gigante.
De acordo com o prefeito, o acordo com a multinacional foi fechado na terça-feira (26), porém a data em que o protocolo de intenções será assinado – no próximo dia 5 – foi definida ontem (27). A assinatura contará com a presença do governador do Estado, Beto Richa, bem como a presidência da Cargill. A solenidade deverá acontecer no parque de exposições Dario Macedo, no período da tarde.
Moacir explica que quatro áreas, próximas a rodovias, foram colocadas a disposição da Cargill. A exigência são 300 hectares. “Eles ainda não definiram o terreno, mas demos uma boa contrapartida para que isto acontecesse”, conta. Ele afirma que a prefeitura pagará parte da área e isentará a empresa, por um período de 10 anos, do pagamento de todos os impostos. Ainda, fará a terraplanagem e a infraestrutura interna da indústria.
Segundo Moacir, a instalação da Cargill “representa uma mudança geral. É um dos maiores investimentos na nossa cidade. Isto beneficiará a população, com empregos, e irá gerar renda”, diz. “É uma vitória emocionante. Uma luta de Davi contra Golias”, completa.
Todo o projeto da Cargill, em Castro, será detalhado pela empresa somente na data da assinatura do protocolo.
Fábrica
A nova fábrica será destinada para o processamento de milho no Brasil. O material será usado na produção de soluções em amidos e adoçantes. O investimento é necessário “para acompanhar o crescimento da demanda de clientes no País, o que representará um aumento de 30% na capacidade de moagem de milho da empresa para a América do Sul”, informa a Cargill. A empresa anunciou que a planta fabril deve entrar em operação em 2013. A indústria pode contar ainda com uma linha dedicada a novos ingredientes, derivados de milho, alguns totalmente inovadores para o mercado brasileiro.
