22/08/2023
Guarapuava Saúde

Pesquisa genômica soma 113 amostras coletadas e 333 entrevistas

Participação das pessoas abordadas por pesquisadores é fundamental para que Guarapuava chegue à medicina de precisão

GENOMA

Participante concorda em doar amostras de sangue (Foto: Divulgação)

Com a meta de atingir quatro mil participantes, Guarapuava já começou a coleta de amostras biológicas para chegar à medicina de precisão. Entre as pessoas sorteadas, há previsão de 500 idosos, com idade igual ou superior a 80 anos, cognitivamente saudáveis. Trata-se de uma pesquisa genômica que pode trazer respostas mais sofisticadas e acertadas no tratamento de doenças, focando na necessidade de cada pessoa.

Ou seja, um grande avanço da medicina, que irá tratar, no futuro, cada paciente individualmente, de acordo com as características genéticas. Da mesma forma, esse tipo de estudo também ajuda a entender, no presente, o desenvolvimento de doenças como o câncer, por exemplo, e quais respostas podem ser aplicadas a elas.

Para atingir a meta prevista pelo projeto, pesquisadores estão visitando casas e convidando moradores com idade igual ou superior a 18 anos para participar do projeto. Conforme o Instituto de Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), em seguida há um sorteio entre aqueles que concordaram, para que doem amostras de sangue, saliva e fezes. Essas amostragens são encaminhadas ao Ipec para a extração de DNA, RNA e proteínas. Antes, porém, respondem um questionário. Em uma segunda etapa, será feito o sequenciamento genômico destas amostras.

ETAPAS

Esse trabalho já conta com 333 pessoas entrevistadas nesta primeira etapa. Dessas, 113 já tiveram as amostras coletadas. De acordo com o Ipec, as informações obtidas serão armazenadas de forma segura e sigilosa. Passando a fazer parte de um banco de dados genômico, inédito no Paraná.

O estudo já tem aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro). Trata-se de uma iniciativa do Programa Genomas Paraná do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Fundação Araucária.

É IMPORTANTE PARTICIPAR

Para que se tenha ideia da importância dessa participação, é preciso saber que, a partir desse projeto, Guarapuava vai contar com uma medicina de precisão. Hoje, conforme o Ipec, as estratégias de prevenção e tratamento da maioria das doenças ocorrem em abordagem única ou pouco diversificada. Ou seja, sem considerar as diferenças entre os indivíduos.

A população brasileira apresenta uma mistura de populações de origem europeia, africana e nativa americana, o que nos torna únicos. O conhecimento sobre as nossas características genéticas é muito importante para uma nova forma de medicina: a medicina de precisão.

Segundo o IPEC, essa pesquisa vai permitir traçar um perfil da população de Guarapuava. O benefício atinge a área de saúde, já que haverá subsídios para políticas de prevenção de doenças. Essa amostragem inclui um questionário e coletas de sangue, saliva e fezes. De acordo com o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (IPEC), trata-se de um projeto modelo desenvolvido pelo programa ‘Genoma Paraná’.

Mais informações: https://ipec.org.br/genomas-parana/

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Cristina Esteche

Jornalista

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