Guarapuava será a primeira cidade do Paraná a fazer parte de uma iniciativa de preservação do meio ambiente. O projeto-piloto do Instituto Água e Terra (IAT) começa neste mês e vai mapear as áreas de degradação causada por atividades potencialmente poluidoras, como por exemplo, indústrias, lava-rápidos e postos de combustíveis.
A Divisão de Geologia do IAT vai iniciar o cadastramento de áreas contaminadas e de áreas com potencial de contaminação. O levantamento da base de dados servirá para classificação, georreferenciamento e representação por meio dos mapas. Além disso, as informações podem ter os complementos das imagens produzidas por perfilamento a laser. Tudo isso receberá R$ 500 mil em recursos, para finalizar em dois anos.
De acordo com a responsável pelo projeto, a geóloga do IAT, Kátia Siedlecki, no mapa serão traçadas também as zonas de influência em torno de cada ponto de contaminação. Dessa forma, o usuário pode saber que determinada Região é inviável para alguns projetos, como a perfuração de poços artesianos, por exemplo.
O resultado desta operação será disponibilizado aos gestores municipais para contribuir na definição de futuras políticas públicas, podendo ser usados para a concessão de outorgas de uso da água, ocupação e uso do solo, na área de saúde e em também escolas como instrumento de educação ambiental.
PROJETO-PILOTO
Ainda conforme a geóloga do IAT, a escolha de Guarapuava de abrigar o projeto-piloto ocorreu porque o município possui infraestrutura adequada para a execução dos procedimentos técnicos. Além disso, a estrutura geológica do município chama a atenção. Guarapuava fica acima do Aquífero Serra Geral, responsável por fornecer cerca de 57% de toda a água subterrânea explorada no Estado. Exatamente por isso, e pelo fato de possuir falhas e fraturas nas rochas, o que facilita a entrada de líquidos contaminantes, o sistema precisa de proteção constante.
“Por se tratar de um projeto-piloto, ao longo desses dois anos a iniciativa será aprimorada para que possa ser aplicada futuramente em outros locais. Cidades maiores, como Curitiba e Londrina, também poderiam se beneficiar muito com esse trabalho”.
PARCERIAS
Dentro da parceria, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Guarapuava vai contribuir com os técnicos e a infraestrutura utilizados durante o processo de mapeamento. Inclusive, os técnicos e estudantes de pós-graduação da Unicentro também ajudarão no trabalho de georreferenciamento.
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