O corte de pinus que vem sendo verificado no Parque Recreativo Jordão despertou a indignação de moradores. Vários e-mails estão sendo encaminhados à RSN questionando o ato que vem sendo feito pela administração municipal de Guarapuava. Porém, de acordo com o secretário de Agricultura e Meio-Ambiente, Milton Roseira Junior, o corte das árvores obedece a Portaria 125/2009 do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/PORTARIAS/PORTARIA_IAP_125_2009_ESPECIES_EXOTICAS.pdf .
Essa legislação obriga o corte das espécies exóticas consideradas invasoras, como é o caso do pinus e do cedro americano. “As espécies exóticas invasoras produzem mudanças e alterações no solo impedindo que outras espécies plantadas debaixo do pinus e do cedro americano nasçam”, exemplifica.
De acordo com a legislação, espécies exóticas invasoras produzem mudanças e alterações nas propriedades ecológicas do solo, na ciclagem de nutrientes, nas cadeias tróficas, na estrutura, dominância, distribuição e funções de ecossistemas, na distribuição da biomassa, na taxa de decomposição, nos processos evolutivos e nas relações entre polinizadores e dispersores. Além disso, as invasoras podem produzir híbridos ao cruzar com espécies nativas e eliminar genótipos originais, ocupar o espaço de espécies nativas levando-as a diminuir em abundância e extensão geográfica, aumentando os riscos de extinção de populações locais.
Segundo Milton Roseira Junior, engenheiros ambientais da Secretaria fizeram um levantamento e n Parque Jordão existem cerca de 300 pés de pinus. Destes, 35 que encontram-se em situação de risco estão sendo cortados. Outros 40 pés de espécies nativas serão plantados em outubro. “Temos que substituir esses 300 pés de pinus e a substituição será gradativa e vai pegar outra administração municipal. Vamos plantar araçá, guabiroba, araucária, pitanga e outras nativas”, anuncia o secretário. O Parque das Araucárias também passa por esse processo dentro do projeto denominado Pró Nativa.
De acordo com Milton Roseira Junior, a legislação também atinge animais como é o caso do caramujo “importado” dos Estados Unidos.